quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Bons Samaritanos dos Oceanos


Agência Mercy Ships usa navios-hospitais para levar socorro médico e o amor de Cristo a carentes de todo o mundo. O "Africa Mercy" é parte de um grandioso projeto humanitário que, ao longo dos últimos 25 anos, realizou mais de 30 mil cirurgias e outros 200 mil atendimentos clínicos em nada menos que 70 países.



Quando o navio Africa Mercy aportou em Monróvia, capital da Libéria, não chamou a atenção de quase ninguém. Afinal, aquele porto da costa ocidental africana é dos mais movimentados do planeta, graças às baixas tarifas de navegação cobradas pelo governo local. Empresas de transporte naval e armadores de diversas nacionalidades registram seus navios com a bandeira liberiana, o que proporciona enorme economia em taxas. Mas o Africa Mercy não foi até lá em busca de negócios. Sua missão é outra – resgatar a saúde e a auto-estima de gente que, de outra maneira, jamais teria acesso a serviços tão sofisticados quanto os oferecidos pelo navio-hospital. Ligado à organização evangélica Mercy Ships (“Navios de misericórdia”), o Africa é parte de um grandioso projeto humanitário que, ao longo dos últimos 25 anos, realizou mais de 30 mil cirurgias e outros 200 mil atendimentos clínicos em nada menos que 70 países. Para muitas dessas pessoas, sua presença representou a diferença entre a vida e a morte.

O alvo da ação quase sempre são pessoas que vivem no limiar da miséria, vitimadas pela doença e pelo preconceito. Como Aminita, conhecida como “Bruxa de Freetown” devido ao seu terrível aspecto. Com a face desfigurada por uma lesão, ela teria destino semelhante ao de outra liberiana, Beatrice, 40 anos de idade, cuja aparição era tão chocante que nem os motoristas de táxi aceitavam transportá-la. Já Angelle, moradora da zona rural do país, era alvo de discriminação devido ao tumor de 3 quilos que carregava na face. Sem tratamento, o mal avançava, comprometendo a respiração e a alimentação, com risco para sua vida. Ela era até considerada amaldiçoada. A complexa cirurgia facial necessária para o tratamento de deformações como estas e a restauração da face de suas vítimas quase nunca está disponível na rede de saúde de nações pobres como a Libéria. Então, o jeito era conformar-se com o sofrimento atroz.

Pois é justamente para salvar pessoas como Aminita, Angelle e Beatrice – que, operadas por missionários da Mercy Ships, hoje levam vida normal – que o navio Africa Mercy faz agora sua viagem inaugural. Atualmente, ele está na Libéria para um programa que deve durar dez meses e prevê, além da realização de cirurgias faciais para extração de tumores e correção de fendas de palato e lábio leporino, uma série de atendimentos que incluem operações de hérnia, catarata e outras com grande possibilidade de cura se realizadas em tempo hábil. Mas para populações inteiras de países africanos, asiáticos ou latino-americanos, uma simples consulta médica costuma ser luxo inacessível. “A situação mais difícil com a qual nós lidamos é ver o sofrimento humano em situações para as quais existe solução”, lamenta o cirurgião Gary Par ker, da equipe do Africa Mercy. Ele é parte de um grupo multinacional que envolve voluntários e funcionários da missão. São médicos, enfermeiros, dentistas, auxiliares, técnicos e tripulantes que viajam de porto em porto, de país em país, anunciando o Evangelho da maneira mais prática e eficiente que existe: o socorro ao próximo em nome de Jesus.


Frota missionária – Tem sido assim desde 7 de julho de 1982, quando o Anastasis, navio italiano construído 30 anos antes e restaurado pela Mercy Ships, foi lançado ao mar. Ligado à agência missionária internacional Jovens com uma Missão (Jocum), a embarcação foi adaptada como hospital flutuante com a missão de levar os melhores profissionais de saúde e tratamentos disponíveis, gratuitamente, às áreas mais desassistidas do mundo. Era a realização do sonho do missionário Don Stephens, que juntamente com sua mulher, Deyon, e um grupo da Jocum, trabalhava como voluntário nesta área. “Mercy Ships tem como foco a população carente e suas necessidades”, diz Stephens. Na verdade, a idéia original de um navio-hospital filantrópico data de cinco décadas atrás. De 1960 a 1974, o SS Hope, da Marinha americana, visitou 11 portos de países em desenvolvimento, oferecendo cuidados médicos a pessoas que não tinham qualquer acesso a serviços de saúde.

O Projeto Hope (do inglês Health opportunities for people everywhere, ou “oportunidades de saúde para pessoas em todos os lugares”) logo tornou-se fonte de inspiração para Stephens e outros líderes da Jocum. Assim como o Anastasis serviu ao redor do mundo, nos 25 anos seguintes Mercy Shipsexpandiu sua frota, adicionando o Island Mercy, que atuou na Ásia, e o Caribbean Mercy, para atender os países da América Central e Caribe. Em 1999, Mercy Ships adquiriu a Dronning Ingrid, uma balsa dinamarquesa que, reformada ao custo de 62 milhões de dólares, transformou-se no Africa Mercy, o maior navio-hospital não-governamental do mundo. Ele tem 6 centros cirúrgicos e 484 leitos. Em 2003, Mercy Ships desligou-se da Jocum e, atualmente trabalha de maneira independente.

Os integrantes da missão originam-se de mais de 40 nações, inclusive do Brasil (ver quadro na pág. 47). Eles trabalham juntamente com centenas de voluntários que servem durante qualquer período de tempo, variando de duas semanas a dois anos, de acordo com a disponibilidade de cada um. Parker, o cirurgião, diz que a rotina a bordo do navio é um “estudo de vida simples”. Ele e a mulher, Susan, diretora de Desenvolvimento dos funcionários, criaram seus dois filhos em uma cabine do Anastasis, onde viveram por 11 anos até que a missão resolveu aposentar a embarcação porque seus custos de manutenção ficaram altos demais. “Nós vivemos em locações desafiadoras. Como mulheres, nossa liberdade é muitas vezes cerceada”, conta Susan. “Não é sempre fácil. O maior benefício é saber que outras 400 pessoas à sua volta têm os mesmos objetivos. Por isso, é preciso investir nos relacionamentos – nós comemos, nos divertimos, louvamos a Deus, vivemos, trabalhamos e enfrentamos os desafios e alegrias juntos.”

O oftalmologista neozelandês Neil Murray conta que muitas vezes é preciso recorrer a intérpretes locais para poder consultar alguns pacientes. Em Gana, por exemplo, além do inglês, língua oficial, há outros 70 dialetos tribais. Ali, a ajuda de voluntários cristãos como Peter Bonney, pastor da United Church of God, uma congregação próxima à cidade de Nungua, é fundamental. Nas visitas do navio ao país, Bonney, que é fluente nos dialetos tanti, twi, ga e ashanti, é o elo entre médicos e os pacientes, que representam diversas etnias. Segundo Murray, cerca da metade dos deficientes visuais do mundo perderam a visão, ou parte dela, em decorrência de catarata, moléstia comum com o avanço da idade. “A cirurgia de catarata hoje é simples, mas as pessoas muitas vezes passam a vida toda sem ter uma chance”, conta Murray. Satisfeito, o médico conta que, nas jornadas a bordo do navio-hospital, já realizou cirurgias em pacientes acima dos 100 anos de idade.

Chamado – O trabalho a bordo do navio-hospital é intenso e desgastante. Por isso mesmo, a equipe precisa ser relembrada freqüentemente de seu chamado especial. Nas horas livres, são realizados cultos e encontros de grupos para discipulado e estudos bíblicos. A enfermeira australiana Fiona Fraser usa o exemplo da vida de Davi para falar sobre a preparação que cada um precisa ter. “De pastor de ovelhas, ele chegou a rei de Israel. Quando a hora é certa e você está pronto, Deus envia”, enfatiza. “E ele sabe onde achar cada um.” Tertius Vener e sua mulher Trudi, sul-africanos, têm buscado seguir esse chamado à risca. Cirurgião plástico, Tertius conta que recebeu do Senhor a orientação para dirigir sua vocação profissional ao cuidado com pessoas pobres, gente que não lhe poderia pagar um centavo. Desde então, serviu por dez anos a bordo do Anastasis, onde realizou nada menos que 12 viagens internacionais.

Quem se dispõe a este tipo de trabalho precisa estar disposto a envolver-se totalmente com a obra. Na opinião de Don Stephens, nos dias de hoje as pessoas precisam não apenas ouvir as boas novas, mas vê-las sendo anunciadas na prática. “O Evangelho tem dois componentes – fazer e, ao mesmo tempo, ensinar”, diz. Além do ministério realizado a bordo dos navios-hospitais, Mercy Ships também atua no desenvolvimento de outros projetos. Um dos mais recentes é o Operation New Steps (“Operação Novos Passos”), voltado à reabilitação de vítimas de minas terrestres. Países como Angola e Afeganistão, que recentemente estiveram envolvidos em sangrentas guerras, ainda possuem milhões de artefatos do gênero em seu subsolo. Estima-se que as minas mataram, feriram e mutilaram cerca de 30 mil crianças nas últimas décadas. Novos Passos começou como um contêiner equipado para produzir próteses de pés e pernas em até 24 horas. Hoje, a instituição tem uma sede central e também atende pacientes vítimas de poliomielite.

De acordo com Stephens, os custos de Mercy Ships são mantidos no nível mínimo, uma vez que cada missionário levanta seu próprio sustento. Além disso, grandes corporações doam à entidade milhões de dólares em equipamentos e medicamentos, todos os anos. O resultado disso tudo, como se costuma dizer, é que não tem preço. Após a cirurgia de Angelle, a liberiana que tinha as feições desfiguradas, as pessoas com quem convivia tiveram até dificuldade em reconhecê-la. Ela até ganhou outra nova cédula de identidade, com foto de seu novo rosto. E a gratidão de quem é ajudado comove os voluntários. Um paciente, que tinha enormes cicatrizes no rosto e seqüelas de queimaduras por ácido, escreveu agradecendo ao especialista que o operou: “Que Deus, o Todo-Poderoso, abençoe a você e sua família, pois você me devolveu a esperança que perdi após o acidente que sofri.”

Embora a natureza do trabalho seja explicitamente missionária, nenhum paciente é constrangido a converter-se à fé cristã. Mas todos recebem literatura, Bíblias e são convidados a assistir filmes evangelísticos enquanto aguardam atendimento. Don Stephens gosta de contar a história de um juiz muçulmano que assistiu o filme Jesus enquanto os médicos do navio operavam seu filho Alcini. Antes da cirurgia, perguntou: “Eu preciso me tornar cristão para que vocês operem meu filho?” A equipe respondeu que não. Não foi possível salvar a visão do menino, que perdeu um dos olhos. Mas os médicos lhe deram de presente três próteses oculares, de diferentes tamanhos, para serem usadas conforme seu crescimento. Muito contente, o pai recebeu de bom grado o Novo Testamento que lhe foi oferecido e confessou a Stephens: “Não me tornei cristão. Mas estou lendo o Novo Testamento e orando no nome de Jesus, só para garantir.” E fez uma declaração que resume bem os efeitos do trabalho da missão Mercy Ships: “Eu nunca tinha ouvido sobre o amor de Deus”.


“Privilégio grande”

Entre a tripulação multinacional do navio Africa Mercy, CRISTIANISMO HOJE encontrou o brasileiro Carlos Eduardo Ferrante do Amaral, 30 anos, paranaense de Telêmaco Borba. Evangélico, ele freqüenta a Igreja Irmãos Menonitas em Curitiba. Dono de sólida formação profissional – é engenheiro eletrônico e mestre em engenharia biomédica –, Amaral está prestes a concluir doutorado pela Universidade de Munique, na Alemanha. Do navio, fundeado no porto de Monróvia (Libéria), ele falou sobre seu trabalho e a rotina a bordo:


CRISTIANISMO HOJE – Como tem sido a atual viagem à África?

CARLOS AMARAL – Eu me identifico bastante com o povo daqui, que demonstra grande simpatia pelo Brasil – especialmente, pelo nosso futebol. Além disso, existem muitas similaridades com a nossa cultura. Estamos há seis meses ancorados em Monróvia. Trabalhamos em média oito horas por dia. Minha função é fazer a instalação e manutenção dos equipamentos médicos do navio. Parte do nosso tempo livre é gasto visitando os pacientes do navio, orfanatos, hospitais e lares de deficientes na cidade. A Libéria possui varias praias que nos ajudam a descontrair durante os fins de semana. Além disso, temos muitas atividades religiosas no navio, como grupos familiares, cultos e visitas a igrejas locais.

Desde quando o senhor integra a equipe de Mercy Ships e como foi seu ingresso na organização?

Estou trabalhando com Mercy Ships há oito meses como técnico biomédico. Ouvi falar sobre Mercy Ships durante meu curso na Escola de Treinamento e Discipulado da Jocum, há sete anos. Porém, meu primeiro contato com esta instituição foi em 2004, durante meus estudos na Alemanha, país onde o primeiro navio, o Anastasis, estava ancorado.

Como representante de um país do Terceiro Mundo, o que significa para o senhor levar assistência médica a populações ainda mais pobres e desassistidas do que a brasileira?

Trabalhei com assistência social também no Brasil. Apesar das grandes necessidades do nosso país, a Libéria encontra-se em situação muito inferior. Aqui, o desemprego é de aproximadamente 80% e a renda per capita não passa de US$ 1 por dia. Não existe um sistema de saúde estruturado e o número limitado de médicos dificulta o tratamento de muitas doenças. Veja o exemplo dos tumores de face – mesmo benignos, tornam-se grandes deformidades faciais e podem levar à morte. Para mim, é um privilégio grande servir a este povo com as cirurgias oferecidas pelo nosso navio.


Por Deann Alford
Cristianismo Hoje

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O que Barrabás tem a ver com as nossas cômodas escolhas?



Fico me perguntando o que teria levado aquela multidão a escolher a convivência com um salteador, mandando o Filho de Deus para a morte na cruz. Por que escolheram Barrabás?

Mas, depois de muito pensar, cheguei à conclusão que, ao escolher Barrabás, os judeus estavam apenas optando pelo conforto do comodismo. Jesus seria uma escolha incômoda, vejamos:

Barrabás roubava seu dinheiro, mas não fazia qualquer questionamento sobre o seu modo de ganhá-lo.

Ela não se importaria se você quisesse servir a Deus e a Mamom ao mesmo tempo. Para ele, isso era plenamente possível, e, querendo, você poderia até acrescentar mais alguns deuses ao seu panteão - Dionísio, Eros, Afrodite, etc. Aliás, para Barrabás, todos os caminhos levam a Deus, principalmente os mais lucrativos.

Se você perguntasse a Barrabás o que fazer para alcançar a salvação, ele jamais questionaria sobre sua obediência aos mandamentos bíblicos, muito menos o mandaria dividir seus preciosos bens materiais com os pobres. No máximo, pediria que você dividisse com ele. Não se preocupe, sua opulência, seu orgulho e sua soberba não vão lhe impedir de alcançar a salvação em Barrabás, pois, para ele, a porta não é estreita, nem o caminho apertado.
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Quanto à coisinha incômoda chamada amizade, não tem problema nenhum. Barrabás nunca chamaria ninguém de amigo.

Aos seus seguidores, chamaria "comparsas", aos demais, vítimas. Amigos precisam da gente, às vezes, nas horas mais incômodas, e muitos até dependem da gente. Além disso, amigos nos lembram outra palavrinha incômoda chamada AMOR. Amar pra quê? Odiar é muito mais fácil. E, quando você consegue mostrar para todo mundo que é capaz de odiar, a vida se torna muito mais fácil. Ninguém mais vai pedir sua ajuda, bater na porta fora de hora... Nem em hora alguma.

Por fim, Barrabás não pediria para você tomar a sua cruz antes de segui-lo.

Sofrimento é algo inconcebível para Barrabás. Para segui-lo, basta estar disposto a passar por cima de tudo e de todos para atingir seus objetivos. Para ele, não há nada que você possa aprender com o sofrimento.

Assim, dá pra entender o porquê da escolha daquela multidão. É a mesma escolha que muitos fazem até hoje. Quantas vezes eu e você não estivemos diante da fatídica pergunta "CRISTO OU BARRABÁS?" e acabamos por fazer a escolha mais cômoda?

Mas vamos combinar uma coisa, para o nosso próprio bem - e não para o nosso próprio conforto - na próxima vez que estivermos diante da mesma pergunta, vamos pensar um pouco mais. A escolha mais cômoda pode não ser a melhor escolha.

Elias Soares

Frases selecionadas de C.S. Lewis


Estou fazendo uma grande obra. E, por isso, sem tempo para escrever artigos neste blog. Contudo, passo por aqui a fim de deixar aos meus estimados leitores algumas frases do grande pensador cristão C.S. Lewis, extraídas do seu ótimo livro (muito citado pelos escritores e pregadores): Cristianismo Puro e Simples.

“A prudência significa a sabedoria prática, parar para pensar nos nossos atos e em suas consequências”.

“Cristo foi o ‘primeiro caso’ do homem novo. Mas é claro que ele é muito mais que isso. Não é simplesmente um homem novo, uma espécime da espécie, mas o homem novo. É a origem, o centro e a vida de todos os homens novos. Entrou de livre e espontânea vontade no universo criado, trazendo consigo a zoé, a vida nova”.

“Desde que me tornei cristão, penso que o melhor serviço, talvez o único, que posso prestar a meus semelhantes incrédulos seja explicar e defender a fé comum a praticamente todos os cristãos em todos os tempos”.

“Não existe um único impulso que, erigido em padrão absoluto, não tenha o poder de nos transformar em demônios. Talvez você pense que o amor pela humanidade em geral é livre de perigos, mas isso não é verdade. Se deixarmos de lado o senso de justiça, logo estaremos violando acordos e falsificando provas judiciais em prol do ‘bem da humanidade’”.

“Ora, se permitirmos que as pessoas comecem a espiritualizar e refinar, ou, como elas diriam, ‘aprofundar’ o sentido da palavra cristão, ela também vai rapidamente se tornar inútil”.

“Temperança, infelizmente, é uma palavra que perdeu seu significado original. [...] A temperança não se referia apenas à bebida, mas aos prazeres em geral; e não implicava a abstinência, mas a moderação e o não-passar dos limites”.

“Uma das coisas sobre as quais os cristãos discordam é a importância de suas discordâncias”.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Os Sofrimentos da Mulher de Jó


Mulher esquecida e incompreendida pela modernidade, assim defino inicialmente a mulher de Jó. Este patriarca sim, paladino da fé, suportou todas as vicissitudes e flagelos dócil e humildemente. Ele é símbolo de perseverança, paciência e retidão (Jó 1.1,22), mas a mulher desse sofredor...., no mínimo, ainda é chamada de louca ou néscia (Jó 2.10).

Mulher anônima, a quem a tradição posterior chamou de Sitis, aparece em Jó 2.9,10 e não é mais mencionada no livro, embora nada sugira sua morte, ou abandono do lar.

Ela era uma mulher nobre, respeitada por todos, e considerada afortunada para os mais antigos e de sorte para as donzelas da região. Seu marido era um homem sábio, fiel à sua família, riquíssimo e temente a Deus. O homem mais poderoso do Oriente. Seus filhos, saudáveis e belos. Suas filhas eram mulheres decentes, educadas e belas. Centenas de servas e servos estavam espalhados pela bela casa, fazendas, plantações (Jó 1.3). Sitis era uma mulher riquíssima que ajudava na administração da casa, dos servos domésticos; um elo de unidade familiar (Jó 1.2). Seus sete filhos e três filhas periodicamente reuniam-se ao redor da mesa para desfrutarem de seus conselhos, sapiência e virtudes (Jó 1.2,4). No período patriarcal o número dez era símbolo de completude, de abundância e prosperidade. Era a mulher mais poderosa, afamada e respeitada de todo o Oriente (Jó 1.3). Jó amava-a muitíssimo; suas filhas provavelmente espelhavam-se no zelo, discrição, beleza e sabedoria da mãe. O lar de Sitis era um paraíso cravado no Oriente (Jó 1.10).

Essa mulher, “ossos dos ossos” e “carne da carne” de Jó, no entanto, viveu as primeiras calamidades da vida do patriarca. Próximo a Jó ouvira que seus servos foram mortos e os seus rebanhos confiscados pelos sabeus. A notícia era ruim, mas suportável. Note a descrição do versículo 13, que destaca a efusiva alegria da reunião familiar na casa de seus filhos (“comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito”), e a calamidade súbita que toma conta do restante da narrativa. Essa narrativa que antecede e moldura as tragédias de Jó será depois desconstruída no versículo 19.

O mensageiro ainda não terminara o anúncio fúnebre quando imediatamente outro mordomo anunciou: “Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu” (v.16). A mulher de Jó fica espantada com a sucessão de tragédias que se sucedem sucessivamente sem cessar. Perde o fôlego, aproxima-se do marido para apoiá-lo... quando então, novamente, outro desastre, dessa vez arquitetado pelos caldeus que, em três bandos, roubam os camelos e ferem os servos (v.17). Mas o pior ainda estava para acontecer. Um servo aproxima-se esbaforido, com ar de cansaço e pesar. Tem receio do que vai dizer. Durante o trajeto ensaiara diversas vezes, até soltar o verbo flamífero: “Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo, eis que um vento muito forte sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram” (Jó 1.18,19). O vento da desventura e sortilégio, gélido como a morte, implacável como a desgraça. Quem é suficiente forte para resistir suas lanças inflamadas? Como reagir diante de tanta calamidade e dor? Sitis chora amargamente a morte de seus filhos. Se isso não bastasse, vê o seu marido rasgar suas vestes, rapar sua cabeça e cumpridas barbas, símbolos de sua posição social superior, e lançar-se em terra adorando a Deus. Apesar da dor que aflige sua alma abatida olha com carinho e respeito o gesto humilde e devoto de seu marido. Somente a fé e a comunhão com Deus dão ao aflito a esperança e a força para vencer as vicissitudes. É nessas ocasiões que a comunhão do crente com Deus faz toda a diferença. A resiliência e o ânimo para continuar a lida depois de uma grande calamidade são resultados de uma vida de fé, comunhão com Deus e relacionamentos corretos. Jó, como os pequenos ribeiros orientais em período de estio, vê a sequidão tomar conta de si, no entanto, estivera durante muito tempo da vida plantado junto a ribeiros de águas; suas folhas não murchariam e os seus frutos viriam na estação própria (Sl 1). Dizia um antigo provérbio oriental que o “justo nunca será abalado” (Pv 10.30).

Os dias de luto ainda não estavam completos. Parentes distantes e amigos próximos reuniam-se na casa de Sitis para apoiá-la e ao marido, Jó. Os melhores amigos nascem nos períodos de sequidão e angústia (17.17). Autoridades do Oriente chegavam à casa do infortúnio. Ouvia-se os murmúrios das carpideiras, que se revezavam em seus turnos. Os cancioneiros entoavam suas elegias, e os sábios do Oriente procuravam entender a tragédia humana. Sitis chorava desconsoladamente. A dor e angústia apertavam seu corpo, como se a estivessem comprimindo em um pequeno vaso de cerâmica. Olhava para Jó e se inspirava na fé, piedade e devoção de seu marido. Ele em nenhum momento blasfemou ou se queixou de sua sorte (Jó 1.22). Junto aos sábios do Oriente, ouvia-o dizer: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21). Todos ouviam, admirados, a fé e perseverança de Jó em Deus. Procuravam algum altar na casa, ou artefatos que materializassem o Deus de Jó, mas nada encontravam. Diferente dos tolos adoradores de ídolos do Oriente, Jó confiava no Deus Invisível, Espírito eterno e imutável em seu ser.

Passados os dias de luto, Sitis e Jó procuravam retomar as atividades diárias. Todavia, sentiam dificuldades de recomeçar. Reconstruir a casa que desabara sobre as crianças era uma dúvida latente. Aquele lugar trazia boas recordações. O lugar que as crianças cresceram e a velha árvore com as marcas de suas brincadeiras traziam lembranças tão vívidas como o vento outonal que derrubava as folhas das árvores e pintavam o chão de tons marrons e cinza. Nada diziam um ao outro, apenas apertavam firmemente as mãos. Todas as palavras foram expressas naquele aperto de mãos. Nunca saberemos exatamente o que disseram. Apesar da tristeza, estavam unidos, apoiando um ao outro.

Alhures, absorto com os últimos acontecimentos, Sitis percebe que pequenas chagas começam alastrar-se sobre o corpo de seu marido. Imediatamente, os melhores médicos são consultados, especialistas na arte da cura entram e saem da casa do patriarca. Sitis se mantém firme cuidando de Jó; tratando das feridas de seu amado; procurando suavizar a dor com as especiarias, óleos de vários gêneros, alguns importados. A chaga se espalha mais ainda, desde a planta do pé até ao alto da cabeça (Jó 2.7). Longe de Jó ela chora, sente as lágrimas quentes caminharem pelas linhas de sua pele até caírem e se desfazerem lentamente ao chão. “Senhor porque me provas?”, murmurava. “Não basta os meus filhos?” “Agora tu queres o meu marido Jó?”, balbuciava. Os médicos diagnosticaram que a doença era maligna, incurável. Erupções e prurido intenso destilavam do corpo de Jó (2.7,8). Os bichos insaciáveis se alimentavam do corpo putrefato (7.5), e os ossos daquele homem forte se desfaziam como torrão de madeira apodrecida (30.17). A pele de Jó perdera toda elasticidade, suavidade e beleza (30.30). Até no sono era atormentado por pesadelos (7.14).

Sitis olhava para todo aquele sofrimento. O cheiro dos florais da primavera paulatinamente foi expulso por uma mistura de pus, sangue e carne putrefata. Nem ela mesma conseguia cuidar de seu marido. A praga alastrara por toda casa. Ela gastara as últimas reservas financeiras no tratamento do marido moribundo. Investira todos os seus recursos para curar a Jó, mas a sentença médica era apenas uma: “Nada podemos fazer, só um milagre”. Sitis sofria, inconsolável... A esperança escapava por entre os seus dedos como as águas ribeirinhas. Lembrava dos momentos em que ela era considerada uma mulher bem-aventurada, rica, com filhos e filhas para lhe consolar, um marido próspero que a amava. Mas agora, tudo lhe havia sido tirado, à uma. O que você faz quando a calamidade bate à sua porta e, sem pedir licença, carrega para sua família toda desventura conhecida? A quem você recorre?

Certo dia, Sitis vê o seu marido no meio da cinza com um pedaço de cerâmica raspando as feridas. Olha e um sentimento acre-doce lhe invade a alma aflita. O grande príncipe Jó no monturo da cidade, como um pária. Sitis perde definitivamente a esperança. Aproxima-se do moribundo, sente pena do marido, fecha os olhos, aperta-os e a seguir dispara: “Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre” (Jó 2.9). Nenhum sofrimento pode ser maior do que a confiança e fidelidade a Deus. O Senhor jamais permitirá que sejamos tentados acima de nossas forças. Sitis achava que já havia chegado ao limite. Assim como os servos de Jó foram preservados da morte para levarem a notícia calamitosa ao patriarca, a esposa parece que fora guardada todo esse tempo para destalingar esse último chicote. Sem o saber, pensando que a morte seria a melhor solução para o marido, Sitis empresta sua boca ao Tentador incitando Jó a se rebelar e amaldiçoar a Deus. O que você faz quando toda a esperança se esgota? Sitis em vez de confiar em Deus acima de todas as coisas; em vez de amar ao Senhor pelo que Ele é, deixou-se levar pelas circunstâncias atrozes, fundamentada em um relacionamento de troca com Deus. Para muitos a morte é a solução para uma vida de infortúnios e desajustes domésticos. Contudo, sempre há uma esperança para aqueles que confiam em Deus.

Jó olha para sua esposa, e a fita com ternura e carinho. Sitis sente o tempo congelar por alguns instantes. Embora o tabernáculo terrestre de Jó estivesse se desfazendo, seu edifício eterno estava preparado por Deus (2 Co 5.1). Os olhos de Jó traziam um brilho vivaz, contagiante, embora todo o restante dissesse o contrário. Lembrava muito o olhar de Jesus quando Pedro o negou. Carinhosamente afirma: “Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal?” (Jó 2.10). O sábio Jó afirmara que sua esposa, em seu desespero e dor, falava como uma pessoa sem entendimento; como alguém que ele não conhecia. Sitis fica desconcertada diante da afirmação do marido. Reflete a respeito do assunto. Lembra das muitas orações de Jó feitas em gratidão ao Senhor. E ali mesmo reconsidera... Cala-se e desaparece do cenário até o final do livro de Jó quando Deus restitui-lhe todas as coisas. Embora não seja mencionada no final do livro, não há razões para se duvidar de sua presença. Ela é a esposa incansável que esteve com o marido nos piores momentos e circunstâncias, mas que, em certo momento, perdeu as esperanças, mas a recobrou através da piedade e devoção de seu marido.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O evangelho de Gênesis


Calma caro leitor [a], não precisa esfregar os olhos para ver se leu direito: é isso mesmo! Temos um evangelho em Gênesis.

Você deve estar perguntado: Mas no livro do Gênesis um evangelho? Impossível! Gênesis trata da criação dos céus e da terra, da vegetação, dos luminares e do homem.

O “Segredo”

O nome em hebraico é algo profundo e revelador. No nome está implícito algumas verdades relacionadas ao caráter e a vida da pessoa. Poderia dar alguns exemplos: Nabal, que significa louco, néscio. Isaque, riso. Davi, amado. Salomão, pacífico. Olhando a vida destes personagens bíblicos, veremos facetas e detalhes de suas vidas que estão relacionados [in] diretamente com o significado dos seus nomes.

Vamos atentar para a genealogia de Adão a Noé (Gn 5):

Adam –> Seth –> Enosh –> Kenan –> Mahalalel –>Yared –> Enoch –> Methuselah –> Lamech –> Noah

Nome Significado
Adam Homem
Seth Apontado
Enosh Mortal
Kenan Aflição, Sofrimento
Mahalalel O Elohim Bendito
Yared Descerá
Enoch Ensinando, Ensinamento
Methuselah Sua morte trará
Lamech O Desesperado
Noah Conforto, Descanso


A frase formada é fascinante, impactante, brilhante:

“[Ao] Homem é Apontada Mortal Aflição, [Mas] o Elohim Bendito descerá Ensinando [que] sua Morte Trará ao Desesperado [O] Conforto, Descanso.



É por isso que a cultura judaica é fascinante. Há coisas que podemos até rejeitar, mas há outras, como esta pérola acima, que nos faz pensar e meditar quão profundo são os mistérios da Palavra de Deus.

Não é nada cabalístico! Pense, estude, e tire suas próprias conclusões. Quem lê, entenda!

Autor: Sha’ul Bentsion

Adaptado por: Pr Marcelo Oliveira

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Evangelho instantâneo: a bênção pra hoje e pra já!



Renato Russo dizia pertencer à geração Coca-Cola. O tempo passou, e hoje a nossa geração se identifica com outro produto. O miojo. Somos a geração do instantâneo.

Um toque no IPhone nos coloca em contato com o mundo inteiro. São tantas redes “sociais”. Não precisamos nos preocupar com endereços, já que o GPS conhece todos os caminhos do planeta inteiro.

Este novo mundo instantâneo é tão atraente e eficiente que várias vezes chegamos a nos perguntar como era possível, até bem pouco tempo, viver sem essas facilidades.

Esquecemo-nos de que a Bíblia foi escrita em outra época. No ritmo das ferramentas dos agricultores, na cadência dos pastores nos campos onde a vida corria sem pressa e onde a urgência era falta de sabedoria.

Na esfera da fé, também mais do que nunca queremos resultados imediatos. Tudo está tão organizado, sistematizado e catalogado que para conseguir alguma coisa de Deus que basta seguir 12 passos para isso, oito semanas para aquilo e BUM! Resultado alcançado. Daqui a algum tempo, vamos pedir que o Senhor responda nossas orações de preferência em até 140 caracteres.

Esquecemo-nos de que o convite de Jesus aos apóstolos não foi para seguirem-no e viverem três anos de aventura. Foi, sobretudo, um gracioso desafio a seguirem-no por toda vida e para além dela.

Conhecer Jesus é muito mais que sete semanas de campanha. É mais profundo do que algumas pregações e músicas nos sugerem. Às vezes, parece que alguns estão adorando um deus miojo. Um deus para hoje, para já. E só.

A maior prova disso é a multidão de crentes com medo da morte lotando as igrejas. Perdemos o foco do eterno. Não desejamos mais cumprir a carreira e receber o maior prêmio de todos. Ver Jesus face a face. Desejamos ardentemente esse mundinho de pequenas facilidades e bênçãos instantâneas.

Como você tem tratado Jesus em seu coração? Como um deus miojo? Ou como um Deus tão infinito e maravilhoso que nem a eternidade inteira vai ser suficiente para descobrir toda largura e profundidade de Seu amor?

A pegadinha do diabo gordo.


Lá pelo início da década de 1970, a AD de Jaguaruna recebeu a visita do filho de Dario Salas (quem lembra?). Menino ainda, pregou sobre a oração do pai-nosso — um bom sermão expositivo sobre essa conhecida passagem bíblica, devo dizer.

A certa altura da mensagem, talvez para dar uma sacudida no emocional da congregação, ele contou a história de um homem que passou diante de uma igreja “fria”, que não se manifestava com os “glórias” e “aleluias” típicos dos cultos pentecostais, e viu sobre o telhado um diabo bem gordinho, alimentado pela falta de fervor daqueles crentes. O homem continuou caminhando e algum tempo depois passou diante de uma igreja em que aquelas manifestações eram audíveis, e, sobre o telhado, lá estava outro diabo, só que bem magrinho.

Quando terminou a história, ele perguntou à igreja:

— Quem quer o diabo gordinho?

Ninguém se manifestou, é claro. Então ele perguntou:

— Quem quer o diabo magrinho?

A congregação em peso levantou a mão. Muito sério, ele encarou o povo e comentou:

— Irmãos, a igreja não tem de querer diabo algum, nem gordinho nem magrinho…

Mal(ben)dita seja a cidade.


Na Bíblia, o tema da cidade é um dos mais relevantes. O nascimento da cidade tem origem na arrogância humana e na independência do homem em relação a Deus. É a linhagem de Caim que dá início à cidade: “Depois Caim fundou uma cidade, à qual deu o nome do seu filho Eno que” (Gn 4.17b). Caim representa a auto-suficiência humana. Tendo perdido o Éden, o homem está diante da ruptura ecológica da terra que agora produzirá “espinhos e ervas daninhas” (Gn 3.18). A solução humana é apostar em Caim, que não só se revela ingrato para com Deus, mas comete o primeiro assassinato da história bíblica. Caim amplia a ruptura com Deus, com o próximo e com a terra. A solução para os seus problemas é uma só: “fundar uma cidade”. Portanto, a cidade surge como a marca maior da arrogância humana contra Deus. Acompanham a cidade, o surgimento da ciência, da economia e da arte (Gn 4.20-22). O ápice desse progresso perverso aparece quando o texto de Gênesis afirma que o sétimo depois de Adão, pela linhagem de Caim, é Lameque, o primeiro bígamo da história, grande “precursor dos filmes de ‘ação’ de Hollywood”. Os “efeitos especiais” até fazem parte do discurso dele: “Ada e Zilá, ouçam-me; mulheres de Lameque, escutem minhas palavras: Eu matei um homem porque me feriu, e um menino, porque me machucou.” O quadro é simplesmente assustados e apavorante!

Não muito tempo depois, a situação da cidade piora ainda mais. Em Gênesis 11, os homens querem construir uma cidade que pudesse invadir o céu. No mesmo espírito de Caim, eles agora aprofundam a arrogância humana, dizendo: “Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra” (Gn 11.4). A gramática hebraica permite que a expressão “cidade, com uma torre” seja traduzida por “cidade que cresce para o alto”. Como os antigos achavam que o céu estava a cerca de dois quilômetros da terra, a idéia era “invadir o céu”. Era uma espécie de movimento dos “sem céu”, ou dos “invasores do condomínio celestial”. Os homens já “sem terra” e “sem céu”, tornam-se agora “sem comunicação”! De fato, o movimento inicial das cidades cresceu desordenadamente e foi um grande desastre.

Mais uma vez, só Deus para salvar o enredo humano. De forma inesperada, Deus surge da maneira como ninguém poderia esperar. Deus resolve dar início à redenção da cidade por meio de sua própria iniciativa. Por incrível que pareça, Deus constrói e age a partir da mais soberba rebeldia humana. A ação redentora e salvífica de Deus na história tem seu grande centro na monarquia davídica. A própria figura do rei surgira também como sinal da rebeldia e arrogância humana contra Deus (1Sm 8.5-7). Ao querer um rei, imitando os demais povos pagãos, o povo de Israel estava rejeitando a Deus. No entanto, Deus, surpreendentemente não só escolhe um rei, Davi, como também elege uma cidade, Jerusalém. Os símbolos maiores da auto-suficiência e independência humanas tornam-se símbolos da intervenção redentora divina. A suprema derrota transforma-se em vitória absoluta! Os textos bíblicos são inequívocos: “Darei uma tribo ao seu filho a fim de que o meu servo Davi sempre tenha diante de mim um descendente no trono em Jerusalém, a cidade onde eu quis pôr o meu nome (1Re 11.36)” e: “Não jurem de forma alguma: nem pelos céus, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei (Mt 5.34,35). Como podemos ver, a monarquia davídica e a cidade de Jerusalém tornam-se o principal palco da intervenção divina na história em favor do homem pecador.

Todavia, a história ainda não termina aqui. O mais surpreendente de tudo aparece no Apocalipse, quando o desfecho da história humana traz de novo a figura da cidade. O texto sagrado é de “parar a respiração”: “Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Ap 21.1-5). Que coisa! A Nova Jerusalém parece o Éden “urbanizado”. Parece que o antigo jardim passou por um projeto de “arquitetura celestial”. O Éden da redenção é melhor do que o da criação! A cidade que marcou o início do pecado humano é agora marca máxima da redenção. A cidade humana sobe do chão, a cidade de Deus desce dos céus. A cidade humana é efêmera, a de cidade de Deus é eterna. A cidade humana trouxe fragmentação e dor, a cidade de Deus traz união e cura. Deus faz questão de mostrar sua vitória a partir do símbolo máximo do poderio e independência humanos. É surpreendente e verdadeiro: Deus traz a redenção a partir da pior desgraça humana. Diante dessa palavra de esperança e de vitória, olhe lá fora e veja como o sol está mais brilhante, o céu está mais azul, e o ar está menos poluído. Amém!!!

Luiz Sayão – Teólogo. Hebraísta. Coordenador Geral de Tadução da Bíblia NVI. Recentemente, prefaciou meu livro: Reflexões sobre a vida de Paulo – que pode ser adquirido neste site na Seção – Meus Livros

CIMAD - CONGRESSO INTERNACIONAL DE MISSÕES DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Silas Malafaia responde carta de integrantes do PT

Em seu programa, Silas Malafaia pede aos telespectadores que assistam a um vídeo que critica o PT e pede para não votarem em candidatos do partido


No programa Vitória em Cristo exibido no dia 11 de setembro deste ano, o pastor Silas Malafaia sugeriu que os telespectadores assistissem ao vídeo do pastor Paschoal Piragine sobre as eleições 2010. Nele, Piragibe criticou o PT e pediu aos internautas para não votarem em nenhum candidato do partido. Piragine sofreu ameaças do partido dos trabalhadores.

A repercussão foi tão grande que, até o fim da tarde desta sexta-feira, dia 17, o vídeo postado no youtube já havia sido assistido por mais de 1,6 milhão de pessoas. O fato motivou integrantes do Partido dos Trabalhadores a enviarem uma carta ao pastor Silas Malafaia, que respondeu de pronto.

Na carta os integrantes do PT argumentam que as declarações de Piragine não correspondem com a verdade. ”Não é verdade que deputados do PT foram expulsos por se manifestarem contra o aborto. É verdade que eles tiveram conflitos com movimentos de mulheres sobre questões relacionadas ao aborto, mas não houve expulsão. Em função desses problemas eles foram punidos pelo PT, o que os levou a mudarem de partido.”

Silas prontamente respondeu e declarou que o PT está na vanguarda da defesa do aborto e da PL 122. “Espero que, se Dilma ganhar, vocês que são cristãos não fiquem envergonhados, e não se calem diante de coisas que viram por aí, e que só o tempo poderá nos mostrar. Sinceramente, honestamente, gostaria de estar equivocado em relação às posições do PT. Não ficarei triste se o tempo mostrar que estou equivocado nestas questões, porque no tempo presente, elas são a realidade dos fatos.”

Leia abaixo a carta e, em seguida, a resposta do pastor Silas Malafaia:

CARTA ENVIADA POR INTEGRANTES DO PT

“Prezado Pr. Silas Malafaia

Graça e Paz!

Somos evangélicos e tomamos conhecimento da Vossa orientação no programa exibido em 11/09/2010, para que os expectadores assistissem ao vídeo do Pr. Paschoal Piragine, que pede aos cristãos não votar nos candidatos do Partido dos Trabalhadores do qual fazemos parte.

O Pr. Paschoal Piragine é bastante conhecido e o temos como uma pessoa íntegra que esteja considerando que as informações que possui contra o PT sejam realmente verdadeiras. Entretanto, trata-se de afirmações que não correspondem com a realidade.

Diante do conteúdo vídeo, gostaríamos de esclarecer que:

Não é verdade que um parlamentar do PT não pode descumprir uma deliberação coletiva do partido por uma questão religiosa ou de foro íntimo. Veja o que diz o inciso XV do art 13 do estatuto do PT:

“Art. 13. São direitos do filiado:

XV – excepcionalmente, ser dispensado do cumprimento de decisão coletiva, diante de

graves objeções de natureza ética, filosófica ou religiosa, ou de foro íntimo, por decisão da

Comissão Executiva do Diretório correspondente, ou, no caso de parlamentar, por decisão

conjunta com a respectiva bancada, precedida de debate amplo e público.”

Não é verdade que deputados do PT foram expulsos por se manifestarem contra o aborto. É verdade que eles tiveram conflitos com movimentos de mulheres sobre questões relacionadas ao aborto, mas não houve expulsão. Em função desses problemas eles foram punidos pelo PT, o que os levou a mudarem de partido.

Não é verdade que o PT possui uma orientação pela legalização do aborto. Em seu IV Congresso, o PT modificou a resolução que falava de aborto e estabeleceu para o atual programa de governo da Dilma o seguinte texto: “Promover a saúde da mulher, os direitos sexuais e direitos reprodutivos: O Estado brasileiro reafirmará o direito das mulheres ao aborto nos casos já estabelecidos pela legislação vigente, dentro de um conceito de saúde pública”.

O Plano Nacional de Diretos humanos é elaborado pela sociedade por meio dos conselhos de diretos humanos com a participação do governo federal, mas não é uma novidade do governo Lula. O primeiro plano foi publicado através do Decreto número 1.904, de 13 de maio de 1996, e o segundo através do Decreto número 4.229, de 13 de maio de 2002. Em todos eles estão presentes assunto polêmicos ligados com a sexualidade. Diante disso seria um equívoco afirmar que todos os méritos e deméritos do PNDH 3 é de responsabilidade do governo Lula ou do PT.

O conteúdo apresentado no vídeo não corresponde, portanto, com a realidade do que está sendo defendido pelo PT. Podemos pegar os posicionamentos do PT e comparar com o conteúdo do vídeo e observaremos que não existe veracidade. Um exemplo bastante claro é a questão da pedofilia. Não conhecemos nenhum parlamentar, de nenhum partido político, ou algum grupo social que defenda a pedofilia. Atribuir uma acusação dessa natureza ao PT é de extrema injustiça.

Até o dia 13/09/2010 já houve mais de um milhão, duzentos e cinquenta mil acessos ao vídeo disponibilizado na internet. Diante desses fatos nos sentimos extremamente injustiçados e pedimos que os esclarecimentos fossem veiculados em seu próximo programa.

Desde já agradecemos um retorno.

Na Graça de Deus!

Gilmar Machado

Candidato a Deputado Federal – PT/MG – Igreja Batista Central de Uberlândia

Isaac Cunha

Candidato a Deputado Estadual – PT/BA – Primeira Igreja Batista

Joaquim Brito

Candidato a Vice-Governador de Ronaldo Lessa - PT/AL – Igreja Batista do Pinheiro

Walter Pinheiro

Candidato ao Senado – PT/BA – Igreja Batista da Pituba

Wasny de Roure

Candidato a Deputado Distrital – PT/DF – Igreja Batista do Lago Norte”

RESPOSTA DO PR. SILAS MALAFAIA

“Sr. Geter Borges e Candidatos do PT,

Já que vocês me enviaram um e-mail apresentando defesa do Partido dos Trabalhadores em relação às questões que o pastor Paschoal Piragine levanta, gostaria de contraditar a argumentação de vocês. Antes de fazê-lo, quero deixar bem claro que não tenho restrições pessoais ao PT ou a qualquer outro partido. Os meus questionamentos têm a ver com os princípios que defendo, independente de partidos políticos. Esclareço também que sou amigo pessoal de Walter Pinheiro. Em duas eleições passadas, eu o ajudei. Já o citei várias vezes em meu programa de TV como exemplo de cristão na política. Ele tem a liberdade de usar a minha imagem na sua campanha, o que permito de maneira muito restrita a pouquíssimos candidatos.

Vamos aos fatos:

1. O deputado que saiu do PT, saiu por ter posição cristã contrária aos princípios do partido. E se não saísse, seria expulso.

2. O PT está na vanguarda da defesa do aborto e da PL 122. Estes são fatos reais, verdadeiros. Inclusive, no último dia antes do recesso parlamentar no senado no ano de 2009, se não fossem os senadores Magno Malta e Demóstenes Torres, a líder do PT teria aprovado na calada da noite, por voto de liderança, a PL 122. Isto é uma vergonha, e vocês querem que a liderança evangélica fique quieta!

3. O PNDH3 foi enviado ao congresso pelo Sr. Presidente da República no dia 21/12/2009, e a vergonha é que, nesse documento, em vários pontos, só houve recuo em alguma coisa devido à pressão violenta da igreja católica. O PNDH3, sim senhor, é responsabilidade do governo Lula e do PT.

4. Lamento dizer, mas a verdade absoluta é que os princípios cristãos são inegociáveis para nós. Quanto a isto, o PT está do outro lado Quero ser franco e honesto: eu só não entrei de cabeça na campanha do Serra, porque também não vi nele garantias de respeito a esses princípios. Nas duas vezes em que fui convidado para participar de audiências públicas pela Comissão de Constituição e Justiça, na primeira vez, que foi sobre a questão do aborto, os deputados que estavam defendendo a legalização do mesmo, eram do PT. Na segunda vez, no Estatuto das Famílias, os deputados do PT estavam defendendo a inclusão dos homossexuais a fim de beneficiá-los na adoção de crianças. Esta é a verdade nua e crua.

Espero que, se Dilma ganhar, vocês que são cristãos não fiquem envergonhados, e não se calem diante de coisas que viram por aí, e que só o tempo poderá nos mostrar. Sinceramente, honestamente, gostaria de estar equivocado em relação às posições do PT. Não ficarei triste se o tempo mostrar que estou equivocado nestas questões, porque no tempo presente, elas são a realidade dos fatos.

Um forte abraço!

Na paz de Cristo,

Silas Lima Malafaia”

Com informações do Creio / Folha Gospel / Gospel Prime / Site Pastor Silas Malafaia

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Palmada: Qual a sua motivação?


Nesses últimos dias, está sendo veiculado na programação da Rede Globo de Televisão, um comercial apoiando o novo projeto de lei enviado pelo presidente Lula para apreciação do congresso. Projeto este, que regulamenta os métodos a serem seguidos pelos pais na educação de seus filhos ou, trocando em miúdos, a proibição da palmada, e outras práticas consideradas abusivas e violentas.

Nós cristãos, aprendemos que muitas vezes, Deus, em sua infinita sabedoria, considera uma prática como pecado ou não, de acordo com a sua motivação.

Creio que este princípio pode nos ajudar a analisar este assunto por dois ângulos:

Primeiro:

Qual é a principal motivação do nosso querido presidente ao sancionar esta lei? Será que ele está realmente preocupado com as nossas crianças? Ou ele quer tão somente fazer mais um mise en scène de fim de temporada "do politicamente correto", capaz de lhe garantir as credenciais para aspirações na ONU e que tais?

Suas aspirações são louváveis. Ele tem direito a elas, mas que educação dos nossos filhos e os direitos dos pais não sejam moedas de troca para cargos de presidente aposentado.

Ele mesmo disse, que o Brasil precisa estar entre os 30 países mais civilizados. Na maioria destes países já vigoram leis parecidas com a que querem implantar aqui. Será que isso é um avanço? Estes países estão quase todos localizados na Europa, onde sabemos que o amor já esfriou, e que o cristianismo é considerado fora de moda. É onde existe o maior índice de suicídios do mundo, onde a rebeldia é marca registrada da juventude e o islamismo caminha a passos largos.

Será que para entrarmos neste seleto grupo, não precisamos primeiro importar os modelos de governança, o tributário, o de benefícios sociais, o de educação, saúde, etc.

Quanto a Rede Globo, fica até difícil identificar sua motivação. Como o veículo formador de opinião mais poderoso de nosso país, e que mantém uma programação carregada de pornografia, idolatria e todo tipo de mau exemplo para os pequeninos finaliza contratando para garota propaganda da campanha, ninguém menos do que a Xuxa... Um modelo de apreço por valores familiares (lembrando o método que usou para ser mãe) e que mais jovem costumava empurrar as crianças no show da Xuxa que a levavam ao delírio nervoso... Ou seja, baixinho no programa dos outros é refresco...

Não concordo que deva existir uma lei para regulamentar as regras de como educar nossos filhos, a justiça não deveria se meter em uma coisa tão particular. Já existem lei punindo a violência infantial, pedofilia, etc. Leis não faltam.

Segundo:

A motivação na criação e educação de uma criança deve ser o amor. Ninguém ama mais uma criança do que seu pai e sua mãe. Ninguem a conhece melhor. Ninguem convive mais com ela. Então, imagino, que por estas simples, mas avassaladoras razões, os pais estão em condições superiores a qualquer magistrado, funcionário público, ou autoridade para julgar o que é melhor para a criança com base no amor e nos valores que deseja transmitir ao filho.

Cada criança é única, portanto ninguém do melhor que seus pais para decidirem diante de cada situação a reação adequada: uma conversa, um castigo, ou mesmo umas boas palmadas. Cada criança reage de uma forma, o que é bom para uma pode ser péssimo para outra.

Digo também que o calor de um lar, é sempre um ambiente mais favorável para deliberar sobre métodos de educação de um filho, que os frios gabinetes das varas de justiça, ou do plenário da câmara.

É claro que precisamos estar atentos aos pais criminosos que existem. Espancamentos à qualquer título não se justificam, mas para estes casos já existem leis, basta ver o estatuto da criança e do adolescente.

Uma das minhas grandes preocupações, é que os pais mais humildes, e mal informados, com medo de sofrerem as sanções da lei, sendo privados da liberdade, e ausentando-se assim de sua tarefa de provedor do sustento da família, deixem seus filhos à mercê de todos os tipos de aproveitadores, como; traficantes, cafetões etc. Estes até instruem as crianças a peitar e ameaçar seus pais caso reprovem suas atitudes.

Esta é a minha modestíssima opinião, mas como embaixador do Reino de Deus, minha opinião é irrelevante. Um embaixador não tem opinião própria, o que rege sua vida é a constituição do reino ao qual representa. Portanto a constituição do meu reino diz o seguinte:

Pv 23:13-14 “Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno.”

Pv 29:15-18 “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe.Quando os ímpios se multiplicam, multiplicam-se as transgressões, mas os justos verão a sua queda. Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma.Não havendo profecia, o povo perece; porém o que guarda a lei, esse é bem-aventurado.”

Estas palavras fazem parte da carta magna do Reino de Deus. Deus é eterno e imutável como suas palavras também o são. No entanto elas não estão sujeitas a; opiniões, modismos, governos terrenos ou qualquer outro tipo de poder.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

As 4 vindas de Deus

Muitas pessoas estão perturbadas com a aparente distância de Deus. Ele parece estar longe, indiferente, e ser irreal. Elas clamam como Jó :”Se tão somente eu soubesse onde encontrá-lo!” (Jó 23.3)

É essa imagem do Deus ausente que João reduz a cacos. No prólogo do seu Evangelho, ele escreve acerca das três vindas de Deus ao mundo em Cristo.

Vejamos:

Primeiramente, Ele estava vindo ao mundo. É um grande erro supor que a primeira vez que Deus veio ao mundo foi quando nasceu nele. Não, Ele fez o mundo e nunca o deixou. Ele é “a verdadeira luz, que ilumina todos os homens” (Jo 1.9). Assim, muito antes de ter vindo, Ele estava vindo, dando a todos vida e luz. Desse modo, tudo o que é belo, bom e verdadeiro no mundo atribuímos a Jesus Cristo. As pessoas podem não saber, pois Ele normalmente se preserva incógnito, mas Ele é “a luz de todos os homens” (Jo 1.4). Nenhum ser humano está mergulhado na escuridão completa.

Em segundo lugar, Ele veio ao mundo. “Veio para o que era seu” (Jo 1.11). Aquele que estava vindo para todas as pessoas agora veio para um povo particular. Aquele que havia vindo incógnito agora veio como uma pessoa, aberta e publicamente. A Palavra eterna se tornara um ser humano. A tragédia é que o mundo não o reconheceu.

Em terceiro lugar, Ele ainda vem. Ele vem agora através do Espírito. E aqueles que o recebem, aos que crêem em seu nome, ele dá o direito de se tornarem filhos de Deus, nascidos de Deus (Jo 1.12).

Embora João não mencione aqui no capítulo 1, uma quarta vinda poderia ser acrescentada. Mais adiante, ele registra a promessa de Jesus: “Voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver” (Jo 14.3).

Assim, eis as quatro vindas de Deus. Ele estava vindo continuamente como a luz e a vida dos seres humanos. Ele veio no primeiro Natal. Ele ainda vem, esperando que o recebamos, e virá no último dia.

Nele e para a glória Dele,

Pr Marcello Oliveira

Bibliografia: Carson, D.A. O Comentário de João. Shedd Publicações

Stott, John. A Bíblia Toda, Ano Todo. Ed. Ultimato

terça-feira, 24 de agosto de 2010

E se...


O efeito borboleta ensina que a vida seria diferente se, em certo momento
mudássemos o rumo normal de nossos atos. Imagem - Mathiolle
por Zé Luís

E se tudo fosse diferente? Ou, pelo menos, se tivesse acertado mais naquelas encruzilhadas tão necessárias e angustiantes?

Não tivesse havido uma gravidez na adolescência, ou cedido ao – posteriormente descoberto – desvio de dinheiro, que ocasionou a demissão? Se o cadeado no portão estivesse fechado? Não estivesse na fatídica balada? Não tivesse experimentado aquela porcaria que usaria depois durante anos, apesar da certeza que não me dominaria?

Se soubesse as palavras certas que fizessem aquele grande amor não ir embora, escolher não ter ficado naquele semáforo apesar de estar fechado, ou ter imaginado que um imprudente bêbado imbecil poderia estar excedendo o limite de velocidade bem na minha vez...

Ter escolhido o curso certo, a carreira que realmente iriamos trilhar, saber que não passava de um sonho, ou ter a certeza que o ideia de viver meu sonho não era tão idiota quanto meus pais garantiam que seria. Oras! Teria muito sucesso fazendo malabares em faróis. Eu creio!

Se tivesse evitado aquela discussão, não tivesse agredido naquele momento de raiva, não deixado a ira me dominar. Deveria não ter perdido a hora tantas vezes, ou mesmo, quem sabe, em determinado momento, não ter me entregue ao trabalho de forma tão absoluta (ah! Se eu soubesse a velocidade com que os grandes amigos nos esquecem após a saída da empresa).

Se entendesse a medida certa de lidar com os filhos, a família. Quem sabe ter trabalhado mais, e ter dado melhores condições, um lugar mais confortável. Se eu tivesse ideia de quem me cercava, teria ajudado mais certas pessoas, e envenenado outras.

Minha vida seria outra se tivesse ficado com a “fulana”(ou quem sabe a “beltrana”?), embora então, meus filhos seriam outros, e não sei se seria quem sou, se não existissem em minha vida.

A atenção que não dei, e o que dei em excesso. A imposta disciplina dura e a flácida demais, as lições que não entendi, e os pecados que deixei de cometer, as dores que evitei, as lamentações e velórios que não deveria ter me esquivado.

Nessa selva densa e escura que o tempo oferece, se faz necessário algo que informe nossa localização, mostre o norte na bússola invisível do viver: Não se pode saber se está chegando, se não se sabe de onde parto.

“Entrega teus caminhos ao Mestre, confia Nele...” alivia.
“Aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até o dia de nosso encontro...” esclarece.
“Ele opera em nós tanto o querer como o efetuar” descansa.

Sei lá o que estou fazendo, afinal de contas. Mas sei a quem pertenço. Aos que nos veem, pode dar-se algumas vezes a impressão de insegurança em nossos passos errantes, nos quais lutamos para sermos discretos. Mentimos quando esbravejamos: “Sei o que faço!”. Piada...

Não há nada que eu faça que surpreenda o Mestre, nada que Ele não tenha previsto, nada em minha natureza manca que já não tenha sido praticado nas gerações de maldades registradas por minha raca, nenhuma gafe que ele ainda não tenha presenciado, nenhuma ingratidão que não tenha provado.

Quem nos separará de seu Amor? A acusação da culpa? Não, certamente que não

Gilson

sábado, 21 de agosto de 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Estão indo cada vez mais longe...


Quando você pensa que já viu de tudo... tem mais um pouco. Sinto em lhes informar que quase metade desse quadrinho é verdadeiro. Ou seja, tão viajando legal com essa história de sacrifício pra "deus" como forma de alcançar alguma recompensa. Enquanto isso, o povo continua sendo manipulado e caindo na conversinha de "espertalhões".
Tem um texto na palavra que achei interessante sobre isso :
I Timóteo 6:3-5
" Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. "

Abraço Gilson

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Muitas gente mim pergunta que tipo de processador é melhor,i3, i5, i7, Dual Core, Quad Core? então vai ai uma boa resposta...


Primeiro aprendemos a dominar a linguagem dos 386, 486, aí chegou a era Pentium: Pentium II, Pentium III, Pentium 4, fomos aprendendo a dominar as definições dessas tecnologias também, então apareceram novas denominações: Single Core, Dual Core, Core 2 Duo, Quad Core… Mal conseguíamos distinguir um Dual Core de um Core 2 Duo quando a Intel vem com mais uma sopinha de letras: i3, i5, i7…

Afinal o que significa isso tudo?

Essa pergunta lota os fóruns de informática e os sites de tecnologia trazem variadas definições e explicações.

Mas antes de mais nada é interessante saber:

•O que é um processador?
•O que é o “core”?
•O que é um processador com múltiplos núcleos?
•Por que eu preciso de um processador com múltiplos núcleos?
•Quantos núcleos têm os processadores i3, i5 e i7?
•Eu preciso de um Dual/Quad Core ou de um i3/i5/i7?

O que é um processador?
A Unidade Central de Processamento (CPU da sigla em inglês) é um circuito integrado que realiza as funções de cálculo e tomada de decisão de um computador. É o componente que recebe as instruções do Sistema Operacional e as envia para o hardware para que execute a função desejada. Pense no computador como um cérebro que recebe mensagens suas (ex: “está quente pra caramba!”) e envia instruções para o hardware (ex: “braços: abanar o rosto com as mãos”).

O que é o “core”?
O “core” se refere ao núcleo do processador. Um processador comum, como um Pentium 4 tem um único núcleo (single core). Processadores com um único núcleo processam uma única instrução por vez.

O que é um processador com múltiplos núcleos?
A partir daqui, os processadores são compostos por dois ou mais núcleos independentes, que são capazes de processar informações diferentes ao mesmo tempo. Um Dual Core é um processador com dois núcleos, um Quad Core possui quatro núcleos e assim por diante.

Peraí, mas e essa história de Dual Core e Core 2 Duo, qual a diferença? Se você pesquisar na internet, na maioria dos casos vão dizer o seguinte: Um processador Dual Core possui um núcleo físico que funciona como 2 (lógicos) ou que tem dois núcleos que usam o mesmo barramento; e o Corel 2 Duo seria um processador com dois núcleos físicos ou dois núcleos em que cada um tem o seu próprio barramento de transferência de dados. Muitos aceitam esta explicação, eu mesmo já caí nessa muitas vezes, acontece que é o seguinte: Dual Core é qualquer processador com dois núcleos. Core 2 Duo é uma marca de processadores da Intel que utiliza dois núcleos, isto é: também são Dual Core.
Por que eu preciso de um processador com múltiplos núcleos?
Com múltiplos núcleos, você pode executar vários programas ao mesmo tempo e quando você executa um programa pesado (como uma varredura de um antivírus, conversão de vídeo, gravação de CD etc.) você pode utiliza o outro núcleo do processador para executar outras tarefas como abrir o navegador ou checar o e-mail.

Alguns programas podem ainda se utilizar dos múltiplos núcleos ao mesmo tempo para melhorar a eficiência do programa, como jogos e programas gráficos.

Então, se você utiliza softwares mais pesados ao mesmo tempo de outros e gosta de jogos mais elaborados, é de bom tom que você utilize um processador multi-core. Se você mais utiliza o PC para checar e-mails, acessar a internet e ocasionalmente assiste a algum vídeo, você não precisa de um processador de múltiplos núcleos.

Quantos núcleos têm os processadores i3, i5 e i7?
•Os processadores i3 possuem dois núcleos, são Dual Core.
•Os processadores i5 têm modelos com dois ou quatro núcleos (Dual Core e Quad Core)
•Os processadores i7 têm modelos com dois, quatro ou seis núcleos (Dual Core, Quad Core e Hexa Core)
Eu preciso de um Dual/Quad Core ou de um i3/i5/i7?
Você deve saber que não é só o processador que define o desempenho do computador, mas também a quantidade e velocidade de memória e tamanho do HD, a qualidade da placa mãe, além de uma boa placa de vídeo para jogos e softwares gráficos mais pesados. As dicas aqui (do Windows Guides) referem-se apenas à escolha do processador, de acordo com o uso pretendido. Geralmente se você comprar um PC de marca com esses processadores, já terá uma boa configuração acompanhando.

Então, se você quer:

•Navegar na internet, checar e-mails, jogar ocasionalmente um jogo em flash, pode escolher um single core.
•Utilizar um processador de texto e trabalhar com planilhas no PC, escutar música, assistir a filmes, escolha um dual core ou i3.
•Jogar ocasionalmente e fica feliz com baixa resolução e gráficos de média qualidade, ver filmes de alta definição etc., pode escolher um dual core ou um i5.
•Trabalhar com edição gráfica, criação musical, programação (e compilação), ver filmes em alta definição e gosta de jogos com apelo visual, prefira um Quad Core, i5 ou i7.
Para especificações técnicas mais completas, verifique o artigo do Baixaki que faz o comparativo entre os novos processadores i3, i5 e i7.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O que Deus não vai perguntar...


Deus não vai perguntar que tipo de carro você costumava dirigir... mas vai perguntar quantas pessoas necessitando de ajuda você transportou.

Deus não vai perguntar qual o tamanho da sua casa... mas vai perguntar quantas pessoas você abrigou nela.

Deus não vai fazer perguntas sobre as roupas do seu armário... mas vai perguntar quantas pessoas você ajudou a vestir.

Deus não vai perguntar o montante de seus bens materiais... mas vai perguntar em que medida eles ditaram sua vida.

Deus não vai perguntar qual foi o seu maior salário... mas vai perguntar se você comprometeu o seu caráter para obtê-lo.

Deus não vai perguntar quantas promoções você recebeu... mas vai perguntar de que forma você promoveu os outros.

Deus não vai perguntar qual foi o título do cargo que você ocupava... mas vai perguntar se você desempenhou o seu trabalho com o melhor de suas habilidades.

Deus não vai perguntar quantos amigos você teve... mas vai perguntar para quantas pessoas você foi amigo.

Deus não vai perguntar o que você fez para proteger seus direitos... mas vai perguntar o que você fez para garantir os direitos dos outros.

Deus não vai perguntar em que bairro você morou... mas vai perguntar como você tratou seus vizinhos.

Deus não vai perguntar quantos diplomas você conquistou... mas vai perguntar como você usou seu conhecimento para o bem comum.

Deus não vai perguntar quantos hectares tinha sua propriedade... mas vai perguntar se você ajudou a proteger o meio-ambiente.

Deus não vai perguntar quantas pessoas você atraiu para a igreja... mas vai perguntar como você influenciou o Mundo à sua volta.

Deus não vai perguntar que herança você deixou para seus filhos... mas vai perguntar que legado deixou para as próximas gerações.

E eu me pergunto:

Que tipo de respostas terei para dar?

Talvez Ele nem faça pergunta alguma. Bastaria Seu olhar prescrutante para que todas essas perguntas nos viessem à mente num abrir e piscar de olhos.

E você, está pronto pra encontrar-se com Deus?

Arqueólogos descobrem templo filisteu na cidade de Golias


Arqueólogos em Israel, recentemente, descobriram um templo filisteu no local onde teria sido a cidade natal do gigante guerreiro Golias.

As ruínas do templo estão localizados na antiga cidade de Gate e remonta ao século 10 a.C., de acordo com o Prof. Aren Maeir do Departamento Martin de Estudos e Arqueologia das Terras de Israel da Universidade Bar Illan. O templo descoberto tem uma imagem arquitetônica semelhante ao descrito na história bíblica de Sansão, que derrubou o templo do filisteu Dagon sobre si mesmo.

“Nós não estamos dizendo que este é o mesmo templo onde a história de Sansão ocorreu ou mesmo que a história não ocorreu,” disse Maeir, que dirigiu a escavação no local durante os últimos 13 anos, ao The Jerusalem Post, na semana passada. “Mas isso nos dá uma boa idéia de que a imagem de qualquer um que tenha escrito a história, teria sido de um templo filisteu.”

Este é o primeiro templo filisteu encontrado em Gate.

Além da descoberta do templo, a equipe também encontrou provas de um grande terremoto do século 8 a.C. que poderia ser o terremoto mencionado nos livros de Isaías e Amós.

“Se os sismólogos estão certos, um terremoto de 8 graus na escala Richter teria nivelado uma grande cidade,” disse Maeir. “A intensidade da energia necessária para mover as paredes parecem ter sido de algo muito poderoso.”

“O que temos aqui é uma prova muito forte de um terremoto dramático, um acontecimento natural, que deixou uma impressão muito significativa sobre os profetas bíblicos do tempo.”

Maeir e sua equipe internacional descobriram no templo na antiga ruína, montagens de Tel


Tzafit National Park, na planície costeira do sul.

Por Ethan Cole (Christian Post Reporter)

Fonte: O Verbo

DINOSSAUROS E OUTROS BICHOS ESTRANHOS NA BÍBLIA



Muitos são os questionamentos quando tratamos desse assunto à luz da Palavra de Deus, porque devido as falsas teorias muitas pessoas têm se sentido inseguras e receosas em associar o estudo dos dinossauros com a Bíblia, porém o fato de realizar-se tal estudo não implica de forma alguma em colocar a teoria evolucionista em acordo com a Bíblia.

Devemos ter em mente que os dinossauros, são ou foram animais que, em geral, diferem das outras espécies principalmente pela sua estatura elevada, lembrando ainda que existem alguns dinossauros pequenos, do tamanho aproximado de um coelho.

Devemos olhar para a Palavra de Deus com o coração quebrantado e então veremos o Deus Criador de todas as coisas revelar-se com poder e majestade. Começaremos, então, a ver a eterna soberania que possui o Deus que servimos.

Na biologia os dinossauros são classificados com répteis, sendo assim Gn 1: 24 – 25 declara:

“Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez.

Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança, tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.”

Contudo, muitas pessoas têm afirmado que a Bíblia não fala sobre dinossauros, pois tal palavra não encontra-se nas Sagradas Escrituras.

Essa questão é respondida quando estudamos a origem do termo dinossauro que só veio a ser inventado em 1841, pelo médico inglês Gideon Mantell, que encontrou ossos e dentes de um grande animal, que ele achou semelhante aos de uma iguana, denominando-o de Iguanodon (“dente de Iguana”). Posteriormente, dois enormes fósseis foram encontrados na Inglaterra, o de um Megalosaurus e o de um Hylaeosaurus. Apenas em 1841 receberam um nome para seu grupo.

Atualmente são catalogados cerca de 2000 espécies diferentes, divididas em 650 gêneros, e são descobertos em média 12 novas espécies por ano.

Apesar do termo “dinossauro’ só ser inventado em 1841, esse animal sempre existiu independente do nome que viesse a receber: monstro, dragão, criatura, dinossauro etc.

A versão inglesa da Bíblia – Rei James (Tiago) – KJV (King James Version) escrita em 1611 já falava a respeito dos grandes animais, que posteriormente viemos a chamar de dinossauros.

Partindo da certeza que os dinossauros fazem parte da criação de Deus, devemos deduzir que a Palavra de Deus – Bíblia – também deve relatar algo a respeito.

Os principais textos bíblicos que citam tais animais são:

- Jó 40 – 41
- Sl 74:13 – 17; 104:26
- Is 27:1
- Jó 40: 15 – 24

Devemos observar que Deus, ao falar com Jó, estava demonstrando seu infinito poder e majestade e para isso utilizou um exemplo que era bem familiar a Jó, para que ele pudesse ter um ponto de referência para compreender o que Deus estava falando.

v.15 – hipopótamo

A palavra aqui utilizada, no original (hebraico), é Behemoth e não hipopótamo.

Ao observarmos as características físicas desse animal concluiremos que se trata de outro ser que não o hipopótamo.

v.16 – 17

A descrição bíblica indica que o animal possuía uma cauda grande e potente, pois é comparada com o cedro – árvore alta forte e resistente. Se um hipopótamo, ou mesmo um elefante, possuísse uma cauda como é descrito no v.17 seriam bem diferentes do que conhecemos hoje.

v.20, 23

A declaração é que tal animal se alimentava em lugares altos, diferente do hipopótamo e do elefante.

Juntamente com o v.23 concluímos que se trata de um animal muito grande e pesado, pois não se alarma com enchentes, mesmo de um rio como o Jordão, com um considerável volume de águas.

Ao observarmos a descrição de tal animal, feita por Deus, destacamos ainda a afirmação feita pelo Senhor que assim como Ele criou a Jó (homem) também criou tal animal – Jó 40:15: “que eu criei contigo” e Jó 40:19: “Ele é obra-prima dos feitos de Deus”.

Algumas versões traduzem tal animal como hipopótamo, porém o hipopótamo não é encontrado na região geográfica que descreve esse acontecimento bíblico.

Segundo alguns pesquisadores esse animal é identificado, hoje, com o Braquiossauro, porém não temos certeza se é realmente tal animal ou outra espécie.

- Jó 41

Estaremos observando os principais versículos contidos nesse capítulo, onde iremos observar que o animal aqui descrito não se trata de um crocodilo ou jacaré.

v.1

A palavra utilizada no original (hebraico) não é crocodilo, mas sim Leviathan.

Faz-se menção acerca de travar a língua do crocodilo com uma corda, porém o crocodilo, assim como o jacaré, não possui uma língua solta, mas presa à parte inferior de sua boca.

Deus continua sua explanação com Jó descrevendo de forma detalhada as características físicas de tal animal.

v.18,19,20,21,31,32

Nesses versículos encontramos a afirmação de que o Leviathan, aos olhos humanos, cuspia fogo. Seria isso possível?

O fato é que essa informação tem feito com que muitas pessoas passassem a afirmar que o texto utiliza uma linguagem figurada, pois não existe animal que ‘cuspa fogo’.

Muitas pessoas, como já falamos, por falta de informação fazem afirmações que terminam por comprometer a veracidade e infalibilidade da Bíblia.

Alguns contestam o fato alegando ser impossível um animal realizar tal ação, contudo esquecem-se que outros animais produzem energia como o peixe elétrico e outros luz como algumas espécies de animais marinhos e o ‘vaga-lume’.

Em casos como esses, alguns cientistas se colocam como omissos, conhecendo a verdade todavia escondendo-a da população, pois tais informações irão desmoronar suas teorias e comprovar os relatos bíblicos.

Sabemos da existência de um besouro conhecido por alguns como besouro bombardeiro ou escaravelho – bombardier beetle.

Esse animal possui em seu interior um sistema de ‘bolsas’ que é capaz de armazenar substâncias inflamáveis como a hidroquinona e peróxido de hidrogênio que ao entrar em contato com o ambiente inflama.

Esse besouro utiliza esse recurso para defesa e ao observarmos temos a impressão que o animal está expelindo fogo de seu corpo.

Esse recurso é bem eficiente na defesa do besouro, já que o produto inflamável está a uma temperatura de 212°F (100°C) e é protegido pelo uso de um inibidor natural, não prejudicando o seu portador.

Essa informação não seria tão interessante se não fosse pelo fato de três animais pré-históricos (dinossauros) terem sido encontrados com características semelhantes às do bombardier beetle. Tais animais são o Kronossauro e o Hadrossauro e o Plesiossauro.

Ao estudar-se a estrutura craniana do Hadrossauro, constatou-se que o seu crânio possuía órgãos, bexigas e câmaras bem semelhantes às do besouro, permitindo que o Hadrossauro (Hadrossaur parasaurolophus) não só criasse, mas armazenasse e lançasse produtos químicos inflamáveis para proteger-se, ou atacar, sem queimar-se ou machucar-se.

Esse animal pode perfeitamente ser o dragão citado nas histórias de várias civilizações, e que ao longo dos anos passaram a exagerar nos relatos, ingressando-o na categoria de contos mitológicos.

O que sabemos de real é que tal animal existiu, foi relatado na Bíblia e também fez parte da Criação de Deus.

Se um animal pequeno pode produzir produtos químicos inflamáveis a uma temperatura de 100°C e não queimar-se, nada impede que um animal de grande porte com características imensamente semelhantes também o fizesse.

v.22

É destacado que a força desse animal reside no pescoço, porém a força de um crocodilo reside na cauda e na mandíbula, não no pescoço.

Mais uma vez percebemos que tal animal não é um crocodilo ou jacaré.

v.26-29

As características físicas do animal demonstram que ele possui uma resistência física bem superior a qualquer crocodilo, mesmo os pré-históricos já encontrados.

v.30

Sabemos que o ventre dos crocodilos são lisos e não possuem escamas pontiagudas como observamos no relato bíblico.

O Leviathan possuía escamas pontiagudas no ventre.

v.33,34

Ao observarmos a descrição do tamanho do animal percebemos que o mesmo é de grande porte, pois “olha com desprezo tudo o que é alto”. Ao contrário dos crocodilos que, dependendo da espécie, podem chegar a 5 metros ou mais de ‘comprimento’ e não de altura, tais animais eram muito altos.

Em geral, os crocodilos são baixos e não altos como descreve o texto bíblico.

- Sl 74:13-17

O animal aqui citado trata-se do Leviathan, que possui as mesmas características do animal em Jó 40.

- Sl 104:26

Ao observarmos o contexto do capítulo 104 iremos observar que o salmista referia-se a coisas reais, como animais grandes e pequenos e o monstro marinho – Leviathan.



Fonte: Texto de Robson Tavares Fernandes. Membro da Igreja Batista da Graça (Campina Grande – PB) e bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional). Diretor e professor do CBA (Curso Básico de Apologética), e pesquisador da VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã) e palestrante.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O sangue doado na cruz



O maior doador de sangue que já houve foi Jesus.
Para doar, as pessoas vão aos hemocentros,
aos hospitais particulares ou mesmo ao SUS.
Ele foi mesmo doar na cruz.

O procedimento para doação não passa de meia hora.
Para ele durou umas seis horas.

A quantidade de sangue retirada não passa de 10% do total
e em até quarenta e oito horas é recuperada.

O que foi extraído de Jesus é incalculável e bem superior,
Mas até que recuperou rápido: setenta e duas horas.

Nas doações, usa-se uma agulha descartável para recolher.
Em Jesus, três cravos e uma lança, fora o chicote preliminar.

Ah, se os crentes orassem mais...




No chamado mundo pós-moderno, de ativismo exagerado, de agendas sem espaço para reflexão, orar tornou-se uma atividade “preguiçosa”, para quem não está fazendo nada: os desocupados. O mundo industrial, tecnológico, científico e pragmático define o ser na perspectiva da realização. Portanto, imagens de gente pensando e meditando são uma aberração e um anacronismo medieval.

Ora, com isso não estou dizendo que os aspectos práticos e produtivos não têm importância. Têm, e muita. Este blog não existiria se não houvesse pessoas nos bastidores trabalhando ativamente: editor, leitor, seguidor, escritor, etc. Contudo, atividades como um fim em si mesmo produzem vazio, perda de significado e sentido da própria vida.

É possível que tenhamos o mundo evangélico em crescimento e dinâmico, mas estas ações precisam refletir uma atitude interior transformada, pacificada e santificada. Caso contrário, tornamo-nos pessoas exigentes, impacientes e legalistas, voltados a uma “excelência empresarial” sem a simplicidade e a paz de Cristo que tranquiliza o coração.

Como cristãos, somos chamados, não apenas ao serviço, mas, sobretudo, à adoração. Isso implica uma agenda diária em que haja espaço de desenvolvimento íntimo com Aquele que estabeleceu um padrão de interioridade centrado na sua relação com o Pai.

A cristandade nos proporcionou modelos de homens e mulheres que, apesar de uma vida cotidiana atarefada e profundamente ativa, reservava tempo a fim de estar na presença Daquele que é a única essência de vida e de significado.

Lutero dizia: “eu tenho uma vida tão atarefada que não posso passar duas horas diárias sem oração”. Calvino, quando estava sendo investigado pelo clero romano, foi encontrado em seu pequeno quarto orando e meditando. Os pais da igreja, como Agostinho, entre outros, apesar de serem homens ativos nas suas congregações e cidades, viviam a santidade da “adoração, estudo, meditação e oração”.

Jesus tinha uma vida atarefada de trabalho na sua comunidade que incluía ensino, pregação, libertação de enfermos e possessos (Mt 4.23-24), além de uma vida dedicada ao seus discípulos (Mt 10.1-23). Era um homem perseguido pelas multidões que viviam sob a égide da opressão espiritual (Mt 4.25). Entretanto ele encontrava tempo a fim de estar na presença do Pai (Mt 14.23). Seu momento a sós não era uma ausência do não ter o que fazer, como se a oração fosse legitimadora da ociosidade, antes era uma decisão consciente de estar em comunhão com o Aba.

Crentes vazios, estressados, raivosos, ranzinzas, ciumentos, invejosos, competitivos e exigentes, principalmente com os outros, refletem uma profunda ausência de um relacionamento com a Santíssima Trindade, que é capaz de transformar as mágoas, os desgostos da vida, as decepções, as ambiguidades, as fraquezas emocionais e os pecados íntimos em alegria, compreensão, carinho, ternura, aceitação e perdão.

Troque o divã secular pelo “colo” dAquele que cura corações enfraquecidos. Redescubra a oração como um lugar de aconchego, e não apenas de lutas entre “deuses” espirituais. Oração é conversa de amor entre seres que se amam, em que Ele é o maior prazer de busca e sentido. Faça isso hoje, e não amanhã, quando achar que vai ter tempo. É possível que você volte a ficar apaixonado pelo primeiro e único amor de sua vida: Jesus Cristo (Ap 2.4).

sábado, 7 de agosto de 2010

É lícito o uso da Palavra de Deus para angariar votos?



Uma das coisas que mais vemos nos tempos de campanha eleitoral é político cumprimentando os irmãos com “A Paz do Senhor”, “Graça e Paz”, “A Paz de Deus”, “A Paz de Jesus”, etc.

Se isso por si só já não fosse manjado e suspeito, alguns deles mal instruídos por seus cabos eleitorais “cristãos” e até mesmo por “pastores” chegam ao ponto de decorarem versículos e passagens inteiras da Bíblia Sagrada, para recitarem nas igrejas por onde passam ou até mesmo em encontros que sejam formados por evangélicos.

É bom que fique claro que, essa prática não é peculiaridade deste ou daquele partido, mas uma regra quase que geral. Independe de que lado se esteja, e é bom que todos nós cristãos estejamos atentos a tal atitude.

Não me refiro aqui nos casos dos políticos que são cristãos genuínos, que verdadeiramente servem ao Senhor e tem a Palavra de Deus como regra de fé e prática em suas vidas.

Neste texto não quero me referir sobre as circunstâncias diversas que podem ter levado tais políticos a tais reuniões e ou cultos, ou mesmo sobre as oportunidades que lhes foram e são concedidas, se válidas ou não, ou se as palavras foram proferidas no púlpito ou em outro lugar.

Quero aqui me ater e refletir sobre o uso indevido da Palavra de Deus, por parte de pessoas que não decidiram segui-la, muito menos tomá-la por estatuto em sua vida.

Leiamos com atenção o texto de Salmos 50: 16-22

"Mas ao ímpio diz Deus: Que tens tu que recitar os meus estatutos e que tomar o meu concerto na tua boca, pois aborreces a correção e lanças as minhas palavras para detrás de ti? Quando vês o ladrão, consentes com ele; e tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que era como tu; mas eu te argüirei, e, em sua ordem, tudo porei diante dos teus olhos. Ouvi, pois, isto, vós que vos esqueceis de Deus; para que vos não faça em pedaços, sem haver quem vos livre." (o grifo é meu)

Vejamos em que encrenca se metem os políticos que assim agem, e da mesa forma os servos de Deus que os instruem a fazerem isso.

É lógico que o texto fala sobre qualquer um que recita ou prega em vão a Palavra do Senhor, no entanto sem atribuí-la à sua própria vida. Isso é hipocrisia e engodo mesmo para aqueles que estão dentro da igreja. Essa atitude, no caso de líderes religiosos, é a velha prática do “faça o que mando, mas não faça o que eu faço”.

Esquecem, porém que, a Deus ninguém engana:

"Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Judá e por quatro, não retirarei o castigo, porque rejeitaram a lei do SENHOR e não guardaram os seus estatutos; antes, se deixaram enganar por suas próprias mentiras, após as quais andaram seus pais. " - Amós 2:4

"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará." - Gálatas 6:7

Não seria mais propício que tais pessoas, em horário e momento propício educadamente, cumprimentassem a todos com um bom dia, boa tarde ou boa noite, e depois de maneira cidadã dessem o seu recado, sem no entanto fazer uso da Palavra de Deus, apenas com interesses sazonais e para o seu próprio proveito?

Reflitamos!

O Soldado, O Atleta e o Lavrador - 2 Tm





No capítulo 2 de Timóteo, Paulo faz uso de três metáforas: o soldado, o atleta, e o lavrador. Aqui todas elas enfatizam que a obra de Timóteo exigirá vigor, envolvendo tanto labuta quanto sofrimento.


O Soldado dedicado (2Tm 2.3,4).


As experiências como prisioneiro deram a Paulo ampla oportunidade de observar os soldados romanos e de meditar no paralelo existente entre o soldado e o cristão. Mas aqui o bom soldado de Jesus Cristo é assim chamado por ser um homem dedicado, que mostra sua dedicação por se achar sempre disposto a sofrer e estando permanentemente em guarda.


Os soldados em serviço não contam com segurança e facilidade. Pelo contrário, dureza, riscos e sofrimento são aceitos sem contestação. É como Tertuliano expressou em seu livro Address to Martyrs (Palavra aos Mártires): "Nenhum soldado vai à guerra cercado de luxúrias, nem vai à batalha deixando um quarto confortável, mas sim uma tenda estreita e provisória, em que há muita dureza, severidade e desconforto".


O Atleta sujeito às regras (2Tm 2.5).


Agora Paulo desvia os seus olhos da imagem do soldado romano para a do competidor nos jogos gregos. Em nenhuma competição atlética do mundo antigo (assim como hoje também) o competidor dava uma demonstração de força ou de habilidade ao acaso. Cada esporte tinha as suas regras para a competição, e às vezes também para o treino preparatório. Cada prova também tinha o seu prêmio, e os prêmios conferidos aos jogos gregos não eram medalhas de ouro ou troféus de prata, e sim coroas de louro.


Contudo, nenhum atleta era "coroado" se não tivesse competido "de acordo com as regras", mesmo que o seu desempenho tivesse sido brilhante. "Fora do regulamento não há prêmio", essa era a palavra de ordem!A vida cristã é geralmente comparada, no Novo Testamento, a uma corrida, não no sentido de estarmos competindo uns com os outros (conquanto tenhamos que "preferir em honra uns aos outros" – Rm 12.10), mas no sentido da severa autodisciplina do treinamento (1Co 9.24-27), no sentido de que devemos nos desembaraçar de todo peso morto (Hb 12.1-2) e, especialmente nesta passagem, no sentido de que devemos observar as regras.


O contexto mostra que competir "de acordo com as regras" tem uma aplicação mais vasta do que à que se refere à nossa conduta moral. Paulo está descrevendo o serviço cristão, não somente a vida cristã. Parece estar dizendo que os prêmios pelo serviço dependem da fidelidade. O mestre cristão deve ensinar a verdade, construindo com materiais sólidos sobre o fundamento que é Cristo, se quer que a sua obra permaneça e não seja consumida pelo fogo (cf. 1Co 3.10-15).


O Lavrador diligente (2Tm 2.6).

Tendo o atleta de competir com honestidade, o lavrador, por sua vez, tem de trabalhar arduamente. O sucesso na lavoura só é conseguido com muito trabalho. Isso é verdade particularmente em países em desenvolvimento, antes de se ter as técnicas da mecanização moderna. Em tais circunstâncias, o sucesso da exploração agrícola depende tanto do suor como da habilidade.

O Rev. Moule escreve sobre a "extenuante e prosaica labuta" do agricultor. Ao contrário do soldado e do atleta, a vida do agricultor é "totalmente desprovida de emoção, distante de toda fascinação decorrente do perigo e do aplauso". Contudo, a primeira parte da colheita pertence ao lavrador que trabalha. É seu direito. A boa produção deve-se mais a seu esforço e perseverança do que a qualquer outro fator. É por isso mesmo que o preguiçoso jamais será um bom agricultor, como ressalta o livro de Provérbios.


A que espécie de colheita se refere o apóstolo? Duas interpretações apresentam maiores evidências bíblicas. Primeira, a santidade como colheita. Verdadeiramente, a santidade é "fruto (ou colheita) do Espírito", sendo que o próprio Espírito é o principal agricultor, que produz uma boa safra de qualidades cristãs na vida do cristão.


A segunda interpretação é que a conquista de conversões é também uma colheita. "A seara na verdade é grande", disse Jesus referindo-se aos muitos que esperam por ouvir e receber o evangelho (Mt 9.37; cf. Jo 4.35; Rm 1.13). Nesta seara é claro que "é Deus quem dá o crescimento" (1Co 3.6,7), mas ainda assim não temos a liberdade de ficar à toa. Não só isso, mas tanto a semeadura da boa semente da Palavra de Deus como a colheita são trabalhos duros, especialmente quando há poucos trabalhadores.


A bênção de Deus foi abundante no ministério do apóstolo Paulo. Não há dúvida que a este respeito muitas explicações poderiam ser dadas. Mas até que ponto consideramos essa bênção decorrente do zelo e do interesse, da quase obsessiva devoção com que Paulo se entregava ao trabalho?


Ele se dava ao trabalho sem pensar no que isso lhe custava; lutava sem dar atenção às feridas; trabalhava sem procurar descansar; servia sem procurar pela recompensa, a não ser o gozo de fazer a vontade do seu Senhor. E Deus fazia prosperar os seus esforços. Mais uma vez, "o lavrador que trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos".


Rev. Josivaldo Pereira


Adaptado por Marcelo de Oliveira

Bebê declarado morto acorda dentro do caixão no México

Autoridades mexicanas informaram que um bebê recém nascido que foi declarado morto pelos médicos despertou quando já estava no caixão.

O procurador do estado de Hidalgo, Jose Rodriguez, disse que os pais ouviram um estranho barulho vindo do pequeno caixão. Após abrí-lo, encontraram a filha viva e chorando.

Rodriguez disse a uma rádio local que o médico que declarou a menina morta no hospital da cidade de Tulancingo está sendo investigado por possível negligência.

O bebê, que nasceu prematuro na última segunda-feira, foi examinado em outro hospital e seu estado de saúde é estável.



Com informações do G1 / Notícia Novo BR

Crentes na Copa 2010





Crente vuvuzela: tem a boca grande, mas depende do outro para se expressar.

Crente vuvuzela2: é insuportável, mas aceito nos grandes grupos.

Crente jabulani: traiçoeiro quando alguém lhe bate com força.

Crente Mick Jagger: lider de Banda, mas fora dela dá um azar danado.

Crente Felipe Melo: é luterano e vive declarando “Sola Scriptura, Sola Gratia; Sola Fide, Sola, Sola, Sola!"

Crente Dunga: só trabalha com evangélicos.

Crente Polvo Paul: vive de apontar vitórias; gesticula tanto que parece ter oito braços; é pegajoso e afirma que sua voz é a voz de Deus.

Crente Maradona: beija tudo que é irmão, pois sabe que um dia voltará ao pó.

Crente Ganso: tem muito talento, mas não tem chamado.

Crente Larissa Riquelme: tem peito prá crer no impossível