sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A pegadinha do diabo gordo.


Lá pelo início da década de 1970, a AD de Jaguaruna recebeu a visita do filho de Dario Salas (quem lembra?). Menino ainda, pregou sobre a oração do pai-nosso — um bom sermão expositivo sobre essa conhecida passagem bíblica, devo dizer.

A certa altura da mensagem, talvez para dar uma sacudida no emocional da congregação, ele contou a história de um homem que passou diante de uma igreja “fria”, que não se manifestava com os “glórias” e “aleluias” típicos dos cultos pentecostais, e viu sobre o telhado um diabo bem gordinho, alimentado pela falta de fervor daqueles crentes. O homem continuou caminhando e algum tempo depois passou diante de uma igreja em que aquelas manifestações eram audíveis, e, sobre o telhado, lá estava outro diabo, só que bem magrinho.

Quando terminou a história, ele perguntou à igreja:

— Quem quer o diabo gordinho?

Ninguém se manifestou, é claro. Então ele perguntou:

— Quem quer o diabo magrinho?

A congregação em peso levantou a mão. Muito sério, ele encarou o povo e comentou:

— Irmãos, a igreja não tem de querer diabo algum, nem gordinho nem magrinho…

Mal(ben)dita seja a cidade.


Na Bíblia, o tema da cidade é um dos mais relevantes. O nascimento da cidade tem origem na arrogância humana e na independência do homem em relação a Deus. É a linhagem de Caim que dá início à cidade: “Depois Caim fundou uma cidade, à qual deu o nome do seu filho Eno que” (Gn 4.17b). Caim representa a auto-suficiência humana. Tendo perdido o Éden, o homem está diante da ruptura ecológica da terra que agora produzirá “espinhos e ervas daninhas” (Gn 3.18). A solução humana é apostar em Caim, que não só se revela ingrato para com Deus, mas comete o primeiro assassinato da história bíblica. Caim amplia a ruptura com Deus, com o próximo e com a terra. A solução para os seus problemas é uma só: “fundar uma cidade”. Portanto, a cidade surge como a marca maior da arrogância humana contra Deus. Acompanham a cidade, o surgimento da ciência, da economia e da arte (Gn 4.20-22). O ápice desse progresso perverso aparece quando o texto de Gênesis afirma que o sétimo depois de Adão, pela linhagem de Caim, é Lameque, o primeiro bígamo da história, grande “precursor dos filmes de ‘ação’ de Hollywood”. Os “efeitos especiais” até fazem parte do discurso dele: “Ada e Zilá, ouçam-me; mulheres de Lameque, escutem minhas palavras: Eu matei um homem porque me feriu, e um menino, porque me machucou.” O quadro é simplesmente assustados e apavorante!

Não muito tempo depois, a situação da cidade piora ainda mais. Em Gênesis 11, os homens querem construir uma cidade que pudesse invadir o céu. No mesmo espírito de Caim, eles agora aprofundam a arrogância humana, dizendo: “Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra” (Gn 11.4). A gramática hebraica permite que a expressão “cidade, com uma torre” seja traduzida por “cidade que cresce para o alto”. Como os antigos achavam que o céu estava a cerca de dois quilômetros da terra, a idéia era “invadir o céu”. Era uma espécie de movimento dos “sem céu”, ou dos “invasores do condomínio celestial”. Os homens já “sem terra” e “sem céu”, tornam-se agora “sem comunicação”! De fato, o movimento inicial das cidades cresceu desordenadamente e foi um grande desastre.

Mais uma vez, só Deus para salvar o enredo humano. De forma inesperada, Deus surge da maneira como ninguém poderia esperar. Deus resolve dar início à redenção da cidade por meio de sua própria iniciativa. Por incrível que pareça, Deus constrói e age a partir da mais soberba rebeldia humana. A ação redentora e salvífica de Deus na história tem seu grande centro na monarquia davídica. A própria figura do rei surgira também como sinal da rebeldia e arrogância humana contra Deus (1Sm 8.5-7). Ao querer um rei, imitando os demais povos pagãos, o povo de Israel estava rejeitando a Deus. No entanto, Deus, surpreendentemente não só escolhe um rei, Davi, como também elege uma cidade, Jerusalém. Os símbolos maiores da auto-suficiência e independência humanas tornam-se símbolos da intervenção redentora divina. A suprema derrota transforma-se em vitória absoluta! Os textos bíblicos são inequívocos: “Darei uma tribo ao seu filho a fim de que o meu servo Davi sempre tenha diante de mim um descendente no trono em Jerusalém, a cidade onde eu quis pôr o meu nome (1Re 11.36)” e: “Não jurem de forma alguma: nem pelos céus, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei (Mt 5.34,35). Como podemos ver, a monarquia davídica e a cidade de Jerusalém tornam-se o principal palco da intervenção divina na história em favor do homem pecador.

Todavia, a história ainda não termina aqui. O mais surpreendente de tudo aparece no Apocalipse, quando o desfecho da história humana traz de novo a figura da cidade. O texto sagrado é de “parar a respiração”: “Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Ap 21.1-5). Que coisa! A Nova Jerusalém parece o Éden “urbanizado”. Parece que o antigo jardim passou por um projeto de “arquitetura celestial”. O Éden da redenção é melhor do que o da criação! A cidade que marcou o início do pecado humano é agora marca máxima da redenção. A cidade humana sobe do chão, a cidade de Deus desce dos céus. A cidade humana é efêmera, a de cidade de Deus é eterna. A cidade humana trouxe fragmentação e dor, a cidade de Deus traz união e cura. Deus faz questão de mostrar sua vitória a partir do símbolo máximo do poderio e independência humanos. É surpreendente e verdadeiro: Deus traz a redenção a partir da pior desgraça humana. Diante dessa palavra de esperança e de vitória, olhe lá fora e veja como o sol está mais brilhante, o céu está mais azul, e o ar está menos poluído. Amém!!!

Luiz Sayão – Teólogo. Hebraísta. Coordenador Geral de Tadução da Bíblia NVI. Recentemente, prefaciou meu livro: Reflexões sobre a vida de Paulo – que pode ser adquirido neste site na Seção – Meus Livros

CIMAD - CONGRESSO INTERNACIONAL DE MISSÕES DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Silas Malafaia responde carta de integrantes do PT

Em seu programa, Silas Malafaia pede aos telespectadores que assistam a um vídeo que critica o PT e pede para não votarem em candidatos do partido


No programa Vitória em Cristo exibido no dia 11 de setembro deste ano, o pastor Silas Malafaia sugeriu que os telespectadores assistissem ao vídeo do pastor Paschoal Piragine sobre as eleições 2010. Nele, Piragibe criticou o PT e pediu aos internautas para não votarem em nenhum candidato do partido. Piragine sofreu ameaças do partido dos trabalhadores.

A repercussão foi tão grande que, até o fim da tarde desta sexta-feira, dia 17, o vídeo postado no youtube já havia sido assistido por mais de 1,6 milhão de pessoas. O fato motivou integrantes do Partido dos Trabalhadores a enviarem uma carta ao pastor Silas Malafaia, que respondeu de pronto.

Na carta os integrantes do PT argumentam que as declarações de Piragine não correspondem com a verdade. ”Não é verdade que deputados do PT foram expulsos por se manifestarem contra o aborto. É verdade que eles tiveram conflitos com movimentos de mulheres sobre questões relacionadas ao aborto, mas não houve expulsão. Em função desses problemas eles foram punidos pelo PT, o que os levou a mudarem de partido.”

Silas prontamente respondeu e declarou que o PT está na vanguarda da defesa do aborto e da PL 122. “Espero que, se Dilma ganhar, vocês que são cristãos não fiquem envergonhados, e não se calem diante de coisas que viram por aí, e que só o tempo poderá nos mostrar. Sinceramente, honestamente, gostaria de estar equivocado em relação às posições do PT. Não ficarei triste se o tempo mostrar que estou equivocado nestas questões, porque no tempo presente, elas são a realidade dos fatos.”

Leia abaixo a carta e, em seguida, a resposta do pastor Silas Malafaia:

CARTA ENVIADA POR INTEGRANTES DO PT

“Prezado Pr. Silas Malafaia

Graça e Paz!

Somos evangélicos e tomamos conhecimento da Vossa orientação no programa exibido em 11/09/2010, para que os expectadores assistissem ao vídeo do Pr. Paschoal Piragine, que pede aos cristãos não votar nos candidatos do Partido dos Trabalhadores do qual fazemos parte.

O Pr. Paschoal Piragine é bastante conhecido e o temos como uma pessoa íntegra que esteja considerando que as informações que possui contra o PT sejam realmente verdadeiras. Entretanto, trata-se de afirmações que não correspondem com a realidade.

Diante do conteúdo vídeo, gostaríamos de esclarecer que:

Não é verdade que um parlamentar do PT não pode descumprir uma deliberação coletiva do partido por uma questão religiosa ou de foro íntimo. Veja o que diz o inciso XV do art 13 do estatuto do PT:

“Art. 13. São direitos do filiado:

XV – excepcionalmente, ser dispensado do cumprimento de decisão coletiva, diante de

graves objeções de natureza ética, filosófica ou religiosa, ou de foro íntimo, por decisão da

Comissão Executiva do Diretório correspondente, ou, no caso de parlamentar, por decisão

conjunta com a respectiva bancada, precedida de debate amplo e público.”

Não é verdade que deputados do PT foram expulsos por se manifestarem contra o aborto. É verdade que eles tiveram conflitos com movimentos de mulheres sobre questões relacionadas ao aborto, mas não houve expulsão. Em função desses problemas eles foram punidos pelo PT, o que os levou a mudarem de partido.

Não é verdade que o PT possui uma orientação pela legalização do aborto. Em seu IV Congresso, o PT modificou a resolução que falava de aborto e estabeleceu para o atual programa de governo da Dilma o seguinte texto: “Promover a saúde da mulher, os direitos sexuais e direitos reprodutivos: O Estado brasileiro reafirmará o direito das mulheres ao aborto nos casos já estabelecidos pela legislação vigente, dentro de um conceito de saúde pública”.

O Plano Nacional de Diretos humanos é elaborado pela sociedade por meio dos conselhos de diretos humanos com a participação do governo federal, mas não é uma novidade do governo Lula. O primeiro plano foi publicado através do Decreto número 1.904, de 13 de maio de 1996, e o segundo através do Decreto número 4.229, de 13 de maio de 2002. Em todos eles estão presentes assunto polêmicos ligados com a sexualidade. Diante disso seria um equívoco afirmar que todos os méritos e deméritos do PNDH 3 é de responsabilidade do governo Lula ou do PT.

O conteúdo apresentado no vídeo não corresponde, portanto, com a realidade do que está sendo defendido pelo PT. Podemos pegar os posicionamentos do PT e comparar com o conteúdo do vídeo e observaremos que não existe veracidade. Um exemplo bastante claro é a questão da pedofilia. Não conhecemos nenhum parlamentar, de nenhum partido político, ou algum grupo social que defenda a pedofilia. Atribuir uma acusação dessa natureza ao PT é de extrema injustiça.

Até o dia 13/09/2010 já houve mais de um milhão, duzentos e cinquenta mil acessos ao vídeo disponibilizado na internet. Diante desses fatos nos sentimos extremamente injustiçados e pedimos que os esclarecimentos fossem veiculados em seu próximo programa.

Desde já agradecemos um retorno.

Na Graça de Deus!

Gilmar Machado

Candidato a Deputado Federal – PT/MG – Igreja Batista Central de Uberlândia

Isaac Cunha

Candidato a Deputado Estadual – PT/BA – Primeira Igreja Batista

Joaquim Brito

Candidato a Vice-Governador de Ronaldo Lessa - PT/AL – Igreja Batista do Pinheiro

Walter Pinheiro

Candidato ao Senado – PT/BA – Igreja Batista da Pituba

Wasny de Roure

Candidato a Deputado Distrital – PT/DF – Igreja Batista do Lago Norte”

RESPOSTA DO PR. SILAS MALAFAIA

“Sr. Geter Borges e Candidatos do PT,

Já que vocês me enviaram um e-mail apresentando defesa do Partido dos Trabalhadores em relação às questões que o pastor Paschoal Piragine levanta, gostaria de contraditar a argumentação de vocês. Antes de fazê-lo, quero deixar bem claro que não tenho restrições pessoais ao PT ou a qualquer outro partido. Os meus questionamentos têm a ver com os princípios que defendo, independente de partidos políticos. Esclareço também que sou amigo pessoal de Walter Pinheiro. Em duas eleições passadas, eu o ajudei. Já o citei várias vezes em meu programa de TV como exemplo de cristão na política. Ele tem a liberdade de usar a minha imagem na sua campanha, o que permito de maneira muito restrita a pouquíssimos candidatos.

Vamos aos fatos:

1. O deputado que saiu do PT, saiu por ter posição cristã contrária aos princípios do partido. E se não saísse, seria expulso.

2. O PT está na vanguarda da defesa do aborto e da PL 122. Estes são fatos reais, verdadeiros. Inclusive, no último dia antes do recesso parlamentar no senado no ano de 2009, se não fossem os senadores Magno Malta e Demóstenes Torres, a líder do PT teria aprovado na calada da noite, por voto de liderança, a PL 122. Isto é uma vergonha, e vocês querem que a liderança evangélica fique quieta!

3. O PNDH3 foi enviado ao congresso pelo Sr. Presidente da República no dia 21/12/2009, e a vergonha é que, nesse documento, em vários pontos, só houve recuo em alguma coisa devido à pressão violenta da igreja católica. O PNDH3, sim senhor, é responsabilidade do governo Lula e do PT.

4. Lamento dizer, mas a verdade absoluta é que os princípios cristãos são inegociáveis para nós. Quanto a isto, o PT está do outro lado Quero ser franco e honesto: eu só não entrei de cabeça na campanha do Serra, porque também não vi nele garantias de respeito a esses princípios. Nas duas vezes em que fui convidado para participar de audiências públicas pela Comissão de Constituição e Justiça, na primeira vez, que foi sobre a questão do aborto, os deputados que estavam defendendo a legalização do mesmo, eram do PT. Na segunda vez, no Estatuto das Famílias, os deputados do PT estavam defendendo a inclusão dos homossexuais a fim de beneficiá-los na adoção de crianças. Esta é a verdade nua e crua.

Espero que, se Dilma ganhar, vocês que são cristãos não fiquem envergonhados, e não se calem diante de coisas que viram por aí, e que só o tempo poderá nos mostrar. Sinceramente, honestamente, gostaria de estar equivocado em relação às posições do PT. Não ficarei triste se o tempo mostrar que estou equivocado nestas questões, porque no tempo presente, elas são a realidade dos fatos.

Um forte abraço!

Na paz de Cristo,

Silas Lima Malafaia”

Com informações do Creio / Folha Gospel / Gospel Prime / Site Pastor Silas Malafaia

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Palmada: Qual a sua motivação?


Nesses últimos dias, está sendo veiculado na programação da Rede Globo de Televisão, um comercial apoiando o novo projeto de lei enviado pelo presidente Lula para apreciação do congresso. Projeto este, que regulamenta os métodos a serem seguidos pelos pais na educação de seus filhos ou, trocando em miúdos, a proibição da palmada, e outras práticas consideradas abusivas e violentas.

Nós cristãos, aprendemos que muitas vezes, Deus, em sua infinita sabedoria, considera uma prática como pecado ou não, de acordo com a sua motivação.

Creio que este princípio pode nos ajudar a analisar este assunto por dois ângulos:

Primeiro:

Qual é a principal motivação do nosso querido presidente ao sancionar esta lei? Será que ele está realmente preocupado com as nossas crianças? Ou ele quer tão somente fazer mais um mise en scène de fim de temporada "do politicamente correto", capaz de lhe garantir as credenciais para aspirações na ONU e que tais?

Suas aspirações são louváveis. Ele tem direito a elas, mas que educação dos nossos filhos e os direitos dos pais não sejam moedas de troca para cargos de presidente aposentado.

Ele mesmo disse, que o Brasil precisa estar entre os 30 países mais civilizados. Na maioria destes países já vigoram leis parecidas com a que querem implantar aqui. Será que isso é um avanço? Estes países estão quase todos localizados na Europa, onde sabemos que o amor já esfriou, e que o cristianismo é considerado fora de moda. É onde existe o maior índice de suicídios do mundo, onde a rebeldia é marca registrada da juventude e o islamismo caminha a passos largos.

Será que para entrarmos neste seleto grupo, não precisamos primeiro importar os modelos de governança, o tributário, o de benefícios sociais, o de educação, saúde, etc.

Quanto a Rede Globo, fica até difícil identificar sua motivação. Como o veículo formador de opinião mais poderoso de nosso país, e que mantém uma programação carregada de pornografia, idolatria e todo tipo de mau exemplo para os pequeninos finaliza contratando para garota propaganda da campanha, ninguém menos do que a Xuxa... Um modelo de apreço por valores familiares (lembrando o método que usou para ser mãe) e que mais jovem costumava empurrar as crianças no show da Xuxa que a levavam ao delírio nervoso... Ou seja, baixinho no programa dos outros é refresco...

Não concordo que deva existir uma lei para regulamentar as regras de como educar nossos filhos, a justiça não deveria se meter em uma coisa tão particular. Já existem lei punindo a violência infantial, pedofilia, etc. Leis não faltam.

Segundo:

A motivação na criação e educação de uma criança deve ser o amor. Ninguém ama mais uma criança do que seu pai e sua mãe. Ninguem a conhece melhor. Ninguem convive mais com ela. Então, imagino, que por estas simples, mas avassaladoras razões, os pais estão em condições superiores a qualquer magistrado, funcionário público, ou autoridade para julgar o que é melhor para a criança com base no amor e nos valores que deseja transmitir ao filho.

Cada criança é única, portanto ninguém do melhor que seus pais para decidirem diante de cada situação a reação adequada: uma conversa, um castigo, ou mesmo umas boas palmadas. Cada criança reage de uma forma, o que é bom para uma pode ser péssimo para outra.

Digo também que o calor de um lar, é sempre um ambiente mais favorável para deliberar sobre métodos de educação de um filho, que os frios gabinetes das varas de justiça, ou do plenário da câmara.

É claro que precisamos estar atentos aos pais criminosos que existem. Espancamentos à qualquer título não se justificam, mas para estes casos já existem leis, basta ver o estatuto da criança e do adolescente.

Uma das minhas grandes preocupações, é que os pais mais humildes, e mal informados, com medo de sofrerem as sanções da lei, sendo privados da liberdade, e ausentando-se assim de sua tarefa de provedor do sustento da família, deixem seus filhos à mercê de todos os tipos de aproveitadores, como; traficantes, cafetões etc. Estes até instruem as crianças a peitar e ameaçar seus pais caso reprovem suas atitudes.

Esta é a minha modestíssima opinião, mas como embaixador do Reino de Deus, minha opinião é irrelevante. Um embaixador não tem opinião própria, o que rege sua vida é a constituição do reino ao qual representa. Portanto a constituição do meu reino diz o seguinte:

Pv 23:13-14 “Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno.”

Pv 29:15-18 “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe.Quando os ímpios se multiplicam, multiplicam-se as transgressões, mas os justos verão a sua queda. Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma.Não havendo profecia, o povo perece; porém o que guarda a lei, esse é bem-aventurado.”

Estas palavras fazem parte da carta magna do Reino de Deus. Deus é eterno e imutável como suas palavras também o são. No entanto elas não estão sujeitas a; opiniões, modismos, governos terrenos ou qualquer outro tipo de poder.