terça-feira, 19 de junho de 2012

AMADOS JOVENS...


Amados jovens, a prosperidade ministerial verdadeira é resultado da fidelidade a Deus. Não negocie os valores eternos para "subir" ministerialmente.

Amados jovens, preguem a Palavra e dependam do Espírito, pois o resto é mera performance artística.

Amados jovens, na estrada da trajetória ministerial rejeite as oportunidades de pegar atalhos. Isso contará a vosso favor no futuro.

Amados jovens, quando vocês começarem a ocupar lugares de destaque e influência como pastores, alguns políticos corruptos vão tentar vos seduzir. Cuidado! Não se vendam.

Amados jovens, nunca se deixem vencer pela ganância no ministério. Aprendam e vivam a virtude do contentamento.

Amados jovens, não corram atrás da fama. Se Deus determinou que tornará vossos nomes conhecidos ela correrá naturalmente adiante de vós.

Amados jovens, não se envaideçam com o sucesso ministerial. Importa que Ele cresça e que vocês diminuam.

Amados jovens, não se iludam, a próxima tentação envolvendo poder, dinheiro e sexo será bem mais forte. Orem e vigiem sempre.

Amados jovens, os bons resultados quantitativos nos trabalhos realizados nem sempre representam a aprovação de Deus da vossa conduta ética e moral. Valorizem a qualidade do trabalho e a integridade do viver.

Amados jovens, sejam obreiros pensantes, e não meros reprodutores de ideias, conceitos e práticas. A convicção doutrinária e a atividade contextualizada são filhas da criticidade.

Amados jovens, imitem os vosso líderes na mesma medida em que eles forem cumpridores da Palavra.

Amados jovens, fiquem firmes e não se deixem levar pelos ventos de doutrina e modismos teológicos. Retenham e ensinem a sã doutrina.

Amados jovens, os vossos objetivos acadêmicos e profissionais devem ser colocados diante de Deus e consagrados a Ele. Coloque-os a disposição do Reino de Deus.

Amados jovens, uma vida de oração, longe de qualquer tipo de exibicionismo pseudo espiritual, deve ser vivida, antes de tudo, no vosso lugar secreto.

Amados jovens, sejam cheios do conhecimento da Palavra na mesma proporção em que forem cheios do Espírito. Saber e poder combinam.

Amados jovens, não se fascinem e nem se envolvam em disputas por cargos eclesiásticos desassociadas dos princípios bíblicos. Entendam que os lugares no Reino de Deus já foram determinados por Ele. Apenas descubram os seus, e deixem que o Senhor trabalhe por vocês.

Amados jovens, tratem os obreiros mais velhos como vocês desejam ser tratados na velhice. Não se esqueçam que o tempo passa para todos.

Pr. Altair Germano.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Plenitude ou Embriaguez? Efésios 5.18

Seria impossível exagerar a importância que o Espírito Santo exerce em nossa vida: Paulo já falou que somos selados pelo Espírito (Ef 1.13,14) e que não devemos entristecer o Espírito (Ef. 4.30). Agora, ele ordena que sejamos cheios do Espírito (Ef. 5.18). É o Espírito quem nos convence de que pecamos. É ele quem opera em nós o novo nascimento. É ele quem ilumina o coração para entendermos as Escrituras. É ele que nos consola e intercede por nós com gemidos inexprimiveis. Ele testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus. É ele quem habita em nós.

Todavia, é possível ser nascido pelo Espírito, ser batizado com o Espírito, habitado pelo Espírito, selado pelo Espírito e, ainda assim, estar sem a plenitude do Espírito.

 A questão levantada pelo apóstolo é: embriaguez ou enchimento do Espírito? Ele faz uma comparação entre a embriaguez e a plenitude do Espírito.

Vejamos, em primeiro lugar, a semelhança superficial. Quando uma pessoa está bêbada, dizemos que está sob a influência do álcool; e, com certeza, um cristão cheio do Espírito está sob a influência e o poder do Espírito Santo. Em ambas proposições, há uma mudança de comportamento: a personalidade da pessoa muda quando ela está bêbada. Ela se desinibe; não se importa com o que os outros pensam dela. Abandona-se aos efeitos da bebida. O cristão cheio do Espírito entrega-se ao controle do Espírito, e sua vida fica livre e desinibida.

Em segundo lugar, o contraste profundo. Na embriaguez, o homem perde o controle de sei mesmo; no enchimento do Espírito, ele ganha controle de si, pois o domínio próprio é o fruto do Espírito. Dr. Martyn Lloyd Jones, médico e pastor, disse: “O vinho e o álcool, farmacologicamente falando, não são estimulantes, mas depressivos. O álcool sempre está classificado na farmacologia entre os depressivos. O álcool é um ladrão de cérebros. A embriaguez, deprimindo o cérebro, tira do homem o autocontrole, a sabedoria, o entendimento, o julgamento, o equilibrio e o poder de avaliar as coisas. Em outras palavras, a embriaguez impede o homem de agir de maneira sensata. O que o Espírito faz é exatamente o oposto. Ele não pode ser posto num manual de farmacologia, mas ele é estimulante, antidepressivo. Ele estimula a mente, o coração e a vontade.

Em terceiro lugar, o resultado oposto. O resultado da embriaguez é a dissolução (asotia). As pessoas que estão bebadas entregam-se a ações desenfreadas, dissolutas e descontroladas. Perdem o pudor e a vergonha. Trazem desgraças, lágrimas, pobreza, separação. A palavra grega asotia envolve não apenas a ação descontrolada do homem bebado, mas também a ideia de desperdício.

Os benefícios do enchimento do Espírito Santo

O apóstolo Paulo fala sobre 3 benefícios da plenitude do Espírito:

a) Comunhão (Ef 5.19 a) - [...] falando entre vós com salmos. Isto nos fala da comunhão cristã. O cristão cheio do Espírito Santo não vive resmugando, reclamando da sorte, causando intrigas, cheio de amargura, inveja, ressentimento; sua comunicação é de elevo espiritual para a vida do irmão (Sl 95.1).

b) Adoração (Ef 5.19 b) – “Cantando hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor no coração”. Note que aqui o cântico não é entre vós, mas, sim, ao Senhor. Não é uma adoração fria, formal e sem entusiasmo. O cristão cheio do Espírito Santo adora a Deus com entusiasmo e profunda alegria. Ele usa toda sua mente, emoção e vontade para adorar a Deus. Um culto vivo não é carnal e nem morto. O culto verdadeiro é em espírito e em verdade.

c) Gratidão (Ef. 5.20) – “E sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”. O cristão cheio do Espírito não está cheido de queixas e murmurações, mas de gratidão. Embora o texto diga que devemos sempre dar graças por tudo, é necessário interpretar corretamente esse versículo. Não podemos dar graça por tudo, como pelo mal moral. Por exemplo: a esposa deve louvar a Deus pelo adultério do esposo, ou louvar a Deus pela embriaguêz do marido, ou louvar a Deus pela perda do filho nas drogas, ou mesmo na morte. Dr. John Stott, ilustre expositor bíblico, diz que o “tudo” pelo qual devemos dar graças a Deus deve ser qualificado pelo seu contexto, a saber, “a Deus, o Pai, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo”. Nossas ações de graças devem ser por tudo que é consistente com a amorosa paternidade de Deus e com a revelação de si mesmo que nos concedeu em Jesus Cristo. Amém!

Pr Marcelo de Oliveira

 Bibliografia:
Lopes, Hernandes Dias. Efésios.Editora Hagnos.
 Stott, John. A mensagem de Efésios. Editora ABU. 
 Wiersbe, Warren.Comentário Expositivo. Geográfica Editora.

Bíblia do Matuto