Vencendo desafios

Rubens Teixeira deixou a infância pobre e se tornou diretor da Transpetro

Um garoto humilde, nascido no subúrbio do Rio de Janeiro, enfrentou problemas de saúde, trabalhou em diversas funções, até como vendedor de ferro-velho. Na escola usava papel de pão como rascunho, mas com fé em Deus e muita força de vontade, ele venceu.

Hoje, pastor Rubens Teixeira, é diretor administrativo e financeiro da Transpetro. Congrega na Assembleia de Deus, ministério Óleo e Vida, Duque de Caxias (RJ), igreja liderada pelo pastor Jorge Videira. Nesta reportagem vamos conhecer sua trajetória de vida, com lutas, fracassos e vitória.

Rubens Teixeira é filho de pais cristãos da Assembleia de Deus. Ele, nascido no subúrbio do Rio de Janeiro, teve que vencer muitas limitações, já na infância. Com saúde frágil, trabalhou em obras de construção, vendeu ferro-velho e foi office-boy.

Aos 9 anos de idade, já havia lido toda a Bíblia. Na juventude, com a ajuda do seu irmão mais velho, Paulo Teixeira, matriculou-se na terceira série do Ensino Médio em um colégio particular, com a finalidade de se preparar para concursos de escolas militares.

Lá, desacreditado, foi chamado de "semi-idiota" e constrangido pelo professor e diretor do colégio. Usava papel de pão como rascunho e trabalhava ganhando meio salário mínimo enquanto estudava. Ainda assim, passou em concursos difíceis.

Aos 21 anos, formou-se oficial de carreira do Exército pela Academia Militar das Agulhas Negras. Fez o Instituto Militar de Engenharia duas vezes, Engenharia Civil e mestrado em Engenharia Nuclear. Além do curso de Direito na UFRJ, cursou Doutorado em Economia na UFF.

Como capitão do Exército, em condições hostis na Amazônia, por conta da saúde debilitada do seu filho recém-nascido e da sua esposa, foi aprovado em concurso para Analista do Banco Central do Brasil. Tomou posse no novo cargo e foi transferido para a reserva não remunerada do Exército. Por defender linha de pesquisa que privilegia a geração de empregos e combate a juros extorsivos. Sofreu forte oposição.

Foi desacreditado pelo Banco Central, onde é funcionário, e por alguns professores da Universidade onde estudava. Mesmo assim, enfrentando o descrédito e a humilhação, perseverou e teve a sua tese de doutorado em Economia premiada pela Secretaria do Tesouro Nacional por ser considerada de alta relevância para a política econômica do Brasil e, identicamente, a sua monografia de Direito também foi premiada.

Depois de ter um dos maiores currículos do Banco Central, foi constrangido e colocado para trabalhar no protocolo recebendo correspondência. Mesmo assim perseverou e hoje ocupa um cargo de diretoria em um dos maiores grupos empresariais do mundo, a Petrobras. Além disso, ministra palestras para empresários, autoridades, sindicalistas etc. Além de ser professor universitário, radialista e pastor, tem artigos científicos publicados no Brasil e no exterior, de Economia e Direito.

Ele é casado há 15 anos com a arquiteta Marta Regina, e seu filho Renan Teixeira, de 11 anos, assim como o pai, já leu toda a Bíblia.

Assim como Rubens, existem tantos jovens com sonhos e projetos, mas sem perspectivas. Para eles, Rubens Teixeira deixa um recado. “Se prepare, estude, aprenda uma profissão, sacrifique um pouco o seu lazer em prol do futuro. Tenha fé, aprenda, na Bíblia, os grandes exemplos. Só colheremos aquilo que plantamos. Mas, o nível de prosperidade da nossa colheita é de acordo com a nossa fé e o quanto estamos dispostos a cumprirmos os propósitos de Deus em nossas vidas”, revela.

Rubens trabalhou em obras, entregou dentaduras e foi secretário de um médico. Mas, jamais pensou na vocação para essas atividades. Fez um esforço enorme e Deus o ajudou.

"Quando é possível escolher entre dinheiro e vocação, devemos privilegiar a vocação, mas atentar para as oportunidades do mercado de trabalho. Muitos perguntam onde chegarei, e eu não sei a resposta. Essa decisão não é minha, é de Deus. A única coisa que posso afirmar é que não mudará em minha vida que sou pregador do Evangelho. O mais ninguém sabe, nem eu. Só Deus”, conclui.